A advogada Helena Witzel, primeira-dama do Rio de Janeiro foi alvo de buscas e apreens�es nesta ter�a-feira, junto do marido, o governador Wilson Witzel (PSC), durante a opera��o Placebo, que investiga supostos desvios de recursos p�blicos para hospitais de campanha durante a pandemia do novo coronav�rus. O Minist�rio P�blico Federal enxergou "v�nculo bastante estreito e suspeito" entre o escrit�rio de advocacia da primeira-dama e a empresa DPAD Servi�os Diagn�sticos Limitada, de Alessandro de Ara�jo Duarte - apontado na investiga��o como suposto operador do empres�rio M�rio Peixoto, preso na Opera��o Favorito, deflagrada no dia 14 de maio.
Firmado em 2019, o contrato resultou em pagamentos mensais � banca de Helena. Segundo a decis�o do ministro Benedito Gon�alves, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), que autorizou as buscas e apreens�es, a investiga��o at� agora n�o encontrou comprova��o de que os servi�os referentes �s entradas de dinheiro foram efetivamente prestados. "O escrit�rio de advocacia da primeira-dama do Estado do Rio de Janeiro H.A.B.W. (Helena Alves Brand�o Witzel) supostamente realizou contratos com empresas investigadas, sem que a investiga��o, at� o momento, encontra-se provas da presta��o do respectivo servi�o, o que explicita poss�vel exerc�cio profissional de atividade delitiva", escreveu o ministro.
Assim como o governador, Wilson Witzel, Helena teve equipamentos eletr�nicos apreendidos durante a opera��o, que tamb�m vasculhou seu escrit�rio. Por ser advogada, o ministro destacou que a documenta��o apreendida deve ser "exclusivamente correlata aos fatos aqui investigados'.
Defesa
Em nota, Helena Witzel afirmou ter prestado os servi�os de advocacia, disse que a dilig�ncia n�o encontrou nada que pudesse comprovar irregularidades, e classificou a opera��o como "imbu�da de indisfar�ada motiva��o pol�tica".
"A HW Assessoria Jur�dica prestou servi�os para a empresa apontada pelo MPF, tendo recebido honor�rios, emitido nota fiscal e declarado regularmente os valores na declara��o de imposto de renda do escrit�rio", diz o texto. "A advogada Helena Witzel reitera seu respeito �s institui��es, mas lamenta que a opera��o tenha sido imbu�da de indisfar�ada motiva��o pol�tica, sendo sintom�tico, a esse respeito, que a a��o foi antecipada na v�spera por deputada federal aliada do presidente Jair Bolsonaro", conclui a nota, referindo-se � deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).
Na segunda-feira, Zambelli disse em entrevista a uma emissora de r�dio que "j� tem alguns governadores sendo investigados pela Pol�cia Federal" e antecipou que haveria opera��es da Pol�cia Federal. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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