
A reuni�o, pedida por Alcolumbre, ocorreu horas ap�s o Bolsonaro amea�ar descumprir decis�es do Supremo Tribunal Federal. Segundo interlocutores, o senador foi ao Pal�cio no intuito de se colocar como um "emiss�rio da paz" e defender o di�logo para que a "corda n�o estique mais".
A conversa entre os dois durou cerca de 40 minutos. Ao retornar ao Congresso, Alcolumbre comentou com alguns senadores que a conversa foi "honesta e sincera".
Mais cedo, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tamb�m defendeu o di�logo. "� importante que todos os poderes possam continuar dialogando. N�s come�amos um encaminhamento de di�logo muito produtivo. N�o podemos, em um momento de crise, desorganizar e deixar que institui��es fiquem conflitando e gerando inseguran�a para toda sociedade. O di�logo � importante", disse Maia.
A rea��o dos chefes do Legislativos ocorre ap�s Bolsonaro subir o tom do confronto com Supremo ap�s a investiga��o das fake news fechar o cerco contra o chamado "gabinete do �dio", grupo de assessores do Pal�cio do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho zero dois do presidente. Em opera��o determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inqu�rito das fake news, a Pol�cia Federal apreendeu, nesta quinta-feira, documentos, computadores e celulares em endere�os ligados a pessoas suspeitas de atacar, ofender e caluniar integrantes da Corte nas redes sociais.
Bolsonaro reagiu em tom exaltado nesta quinta-feira. "Idiotas inventaram (a express�o) gabinete do �dio. Outros imbecis publicaram mat�rias disso e lamento julgamento em cima disso", afirmou. O presidente voltou a criticar ministros da Corte e afirmou que "ordens absurdas n�o se cumprem".
As declara��es foram criticadas por Maia. "Qualquer cidad�o pode recorrer de decis�o de qualquer ministro do STF, mas tem que ser pelos caminhos legais, n�o pela forma de tentar intimidar ou acuar outro Poder sobre as decis�es que toma", afirmou Maia. "As declara��es de hoje (quarta-feira) do presidente s�o muito ruins. V�o no caminho contr�rio de tudo o que a gente come�ou a construir, todos os Poderes juntos, desde a semana passada".
Na quarta-feira, 27, ap�s a opera��o, Bolsonaro convocou uma reuni�o de emerg�ncia com ministros no Pal�cio do Planalto para discutir uma rea��o do governo ao Supremo. Uma das medidas tomadas foi um habeas corpus preventivo para o ministro da Educa��o, Abraham Weintraub. Integrante da ala ideol�gica do governo, Weintraub foi convocado pelo Supremo para prestar depoimento na Pol�cia Federal ap�s dizer que, por ele, magistrados da Corte deveriam ser presos. O depoimento tamb�m faz parte do inqu�rito das fake news, a mesma investiga��o que tem como alvo apoiadores do governo.