
"A imprensa sempre reclamou de mim que eu n�o tinha di�logo, que n�o conseguia atingir a governabilidade. De dois meses pra c� eu decidi que tinha que ter uma agenda positiva para o Brasil, e eu comecei a conversar com os partidos de centro tamb�m. Em nenhum momento n�s oferecemos ou eles pediram minist�rios, estatais ou bancos oficiais", disse o presidente.
Como exemplo das negocia��es, citou o Minist�rio do Desenvolvimento Regional, que tem uma "estrutura gigantesca", com cargos que "estavam nas m�os de pessoas de governos anteriores ao Michel Temer".
Bolsonaro disse que as negocia��es com os partidos do Centr�o incluem tamb�m seu apoio pol�tico a candidaturas de parlamentares que buscar�o a reelei��o em 2022, com foco naqueles cujas bases eleitorais est�o no Nordeste, "onde o PT � forte".
"Conversamos sobre as elei��es de 2022. Se eu estiver bem, h� interesse de alguns candidatos desses Estados terem meu apoio, Estados que n�s sabemos que n�o vou ter poder para eleger uma pessoa indicada por n�s. Eles tamb�m n�o ganham sozinhos, precisam de apoio de terceiros."
Segundo o presidente, � necess�rio "somar todas as for�as" para derrotar o PT. "Eu prefiro deputados desses outros partidos do que do PT. � uma quest�o que interessa pra mim e o apoio tem vindo. Eles t�m ajudado e se sentem prestigiados", explicou.
Para alguns dos deputados, diz Bolsonaro, muitas vezes basta dizer "que o parlamentar � o dono da obra", sem a necessidade de negociar cargos.
Ainda assim, argumentou, "s�o mais de 30 mil cargos, eu n�o tenho como ter acesso a tudo isso. Ent�o a gente conversa e troca essas pessoas sem problema nenhum". O presidente garantiu que essas indica��es passam "por um sistema de informa��es" e pesquisas sobre "a vida pregressa" dos apadrinhados.