(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PEDIDO DA DEFESA

Depoimento de Sara Winter na Pol�cia Federal � adiado

Advogado disse que Alexandre de Moraes cometeu "fake news" ao dizer que deu acesso � investiga��o aos envolvidos e que ainda n�o conseguiu os documentos junto ao STF. Ministro rebate


postado em 02/06/2020 18:56 / atualizado em 02/06/2020 19:26

Sara Winter gravou vídeo logo ameaçando o ministro do STF Alexandre de Moraes logo depois que a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em sua casa (foto: Reprodução de vídeo)
Sara Winter gravou v�deo logo amea�ando o ministro do STF Alexandre de Moraes logo depois que a Pol�cia Federal cumpriu mandado de busca e apreens�o em sua casa (foto: Reprodu��o de v�deo)

 A defesa da militante Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, pediu na tarde desta ter�a-feira (2/6) o adiamento do depoimento dela � Pol�cia Federal no �mbito do inqu�rito das fake news, que est� no Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de Sara j� ter dito publicamente que n�o iria depor, os advogados foram � PF fazer a solicita��o. O motivo, segundo eles, � a aus�ncia de acesso aos autos da investiga��o, apesar de j� terem ido ao Supremo duas vezes. 

 

"N�o tivemos acesso � integralidade dos autos, diferentemente do que disse o ministro do STF Alexandre de Moraes", afirmou o advogado Bertoni Barbosa de Oliveira. "� fake news", completou o defensor, se referindo �s informa��es prestadas pelo ministro. Na noite da �ltima segunda-feira (1º/6), Moraes publicou em seu Twitter uma mensagem dizendo que "foi autorizado integral conhecimento dos autos aos investigados no inqu�rito que apura 'fake news', ofensa e amea�as a integrantes do STF, ao estado de direito e � democracia".

Barbosa e a advogada Renata Tavares informaram que conseguiram adiar o depoimento para a data limite do mandado de busca e apreens�o emitido na semana passada – ou seja, ela tem at� sexta-feira (5/6) para depor. Questionados sobre o fato de Sara j� ter dito que n�o ir� depor, Barbosa afirmou que existe uma possibilidade de ela depor e que a cliente pode mudar de opini�o

 

"Ela pode ficar em sil�ncio, � um direito constitucional dela de ficar calada e n�o produzir provas contra si", disse. 

 

Os advogados de Winston Rodrigues Lima tamb�m foram � PF pedir adiamento do depoimento, que foi remarcado para quinta-feira (4/6). Os defensores informaram que est�o tentando acesso aos autos pela primeira vez nesta ter�a-feira (2).

 

Amea�as foram no calor da emo��o, diz advogada

Sobre as amea�as proferidas por Sara contra o ministro Alexandre de Moraes, o advogado Bertoni Barbosa disse que "ela n�o publicou nenhuma amea�a que seja motivo de pris�o preventiva. "At� porque pris�o preventiva n�o cabe em infra��es de menor potencial ofensivo. Se fosse, seria talvez pela ordem, mas tamb�m n�o est� se quebrando nenhuma ordem social", disse.

 

De acordo com ele, o v�deo feito por Sara foi logo depois de "a casa dela ter sido invadida" pela Pol�cia Federal. A advogada Renata Tavares completou: "A resid�ncia dela foi invadida, ela estava sem roupa e com o filho de 4 anos. A Pol�cia Federal chegou de uma forma bem ofensiva aos direitos dela, e ela ficou totalmente assustada", afirmou.

 

Conforme a advogada, a PF revirou a casa da ativista bolsonarista. "Ela agiu mais na emo��o, no calor do momento, por ter passado por esse constrangimento. Porque ela passou por um constrangimento muito grande, de ter que ir ao banheiro e uma policial federal ter que ir atr�s dela", disse.

 

O advogado, ent�o, completou: "N�s sabemos que � o procedimento padr�o da Pol�cia Federal, n�o vamos criticar a Pol�cia Federal de modo nenhum. Mas s� que ela estava sob forte emo��o e foi uma forma de responder ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que foi quem deu a ordem de busca e apreens�o", afirmou.

 

No dia da busca e apreens�o, Sara chamou Moraes de "covarde" e o amea�ou. Em um v�deo, ela diz que gostaria de "trocar soco" com o ministro e que descobrir� tudo sobre a vida dele, incluindo os lugares que ele frequenta. "Nunca mais vai ter paz na sua vida”, afirma.

 

Manifesta��o

No �ltimo s�bado (30), um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaroque que se intitula "300 do Brasil", liderado por Sara, fez um protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Com tochas e m�scaras, a imagem lembrou a muitos a��es do Ku Klux Klan (KKK), organiza��o racista originada nos Estados Unidos que fala em supremacia branca e j� cometeu diversos atos violentos contra negros. 

 

Sobre a manifesta��o, o advogado de Sara, Bertoni Barbosa, afirmou que sua cliente "jamais quis dar essa conota��o". "O que ela quis foi usar da sua expertise em prol das suas convic��es atuais, que s�o de uma m�e de fam�lia, patriota, temente a Deus. Ela disse que (o protesto) foi baseado no livro Ju�zes, cap�tulo sete, vers�culo 16, da B�blia", disse.

 

O trecho em quest�o diz o seguinte: "dividiu os trezentos homens em tr�s companhias e p�s nas m�os de todos eles trombetas e jarros vazios, com tochas dentro".

 

Na ocasi�o, o grupo que foi protestar em frente ao STF gritava "careca togado, Alexandre descarado", "ministro, covarde, queremos liberdade", "viemos cobrar, o STF n�o vai nos calar"e "inconstitucional, Alexandre imoral", sempre como gritos de guerra guiados por Sara Winter. 

 

Eles est�o acampados na esplanada dos minist�rios desde o in�cio de maio. Sara j� falou abertamente que no local ficam pessoas armadas. "Em nosso grupo, existem membros que s�o CACs (sigla para Colecionador, Atirador e Ca�ador), outros que possuem armas devidamente registradas nos �rg�os competentes. Essas armas servem para a prote��o dos pr�prios membros do acampamento e nada t�m a ver com nossa milit�ncia", afirmou em entrevista � BBC.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)