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Estado de Minas POL�TICA

Na heran�a familiar de Faria, r�dios e pol�tica


postado em 12/06/2020 08:40

O novo ministro das Comunica��es, deputado F�bio Faria (PSD-RN), entra no governo Jair Bolsonaro com um papel de pacificador da rela��o do Pal�cio do Planalto com o Congresso e a miss�o de melhorar o relacionamento do Executivo com imprensa.

Aos 42 anos, o deputado que est� em seu quarto mandato na C�mara � de fam�lia tradicional na pol�tica potiguar e foi escolhido por seu tr�nsito nos bastidores do Pal�cio do Planalto. Faria tem a simpatia do cl� Bolsonaro, por suas rela��es com o setor de m�dia e la�os familiares. � genro de Silvio Santos, dono do SBT, casado com Patr�cia Abravanel, uma das herdeiras e apresentadora do canal. Ela � dona tamb�m da TV Alphaville, um canal por assinatura que leva o nome do bairro de luxo onde moram, em Barueri, na Grande S�o Paulo. Ministro e a mulher tamb�m s�o s�cios numa empresa de produ��o art�stica ligada � TV aberta, a New Beginnings.

Um tipo de emiss�rio informal do sogro em Bras�lia, Faria acompanhou o presidente numa visita � casa da fam�lia de Silvio Santos, em S�o Paulo, no ano passado. Antes, Silvio assistiu ao desfile de 7 de Setembro na tribuna de honra com o presidente. Nas redes sociais, gosta de exibir a vida em fam�lia com a mulher e os tr�s filhos. Vaidoso e com fama de gal�, veste-se com ternos bem cortados, costuma deixar o cabelo mais longo, mas em casa d� lugar aos trajes esportivos. Uma de suas predile��es � fazer "lives" com receitas e dicas de culin�ria.

Faria � conhecido como um imitador entre os pol�ticos. H� v�deos dele imitando os ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Uma vez se passou pelo pr�prio Silvio Santos, por telefone, para pregar uma pe�a em familiares do dono do SBT. O sogro acompanhava tudo ao lado do, agora, ministro. Nos bastidores, aliados contam que Faria tamb�m faz o personagem Bolsonaro.

O elo do novo ministro com o setor vai al�m da rela��o com a fam�lia Abravanel. O pai dele, Robinson Faria, ex-governador do Rio Grande do Norte e presidente do PSD local, � dono de r�dios que operam no interior do Estado e usam a marca R�dio Agreste. A fam�lia possui atualmente tr�s outorgas, duas FM e uma AM. O novo ministro foi s�cio do neg�cio, mas saiu formalmente da empresa R�dio Agreste em 2013 - a Receita Federal ainda n�o registra a baixa.

Sua nomea��o ocorre por uma insatisfa��o com o setor das comunica��es. Chegaram ao Planalto reclama��es de demora nos processos de outorga de r�dios e TVs, muitas controladas nos Estados por pol�ticos. Bolsonaro reconheceu que o governo deixava a desejar.

Faria negou, h� algumas semanas, que estivesse articulando para que o PSD voltasse ao comando do minist�rio. "Foi uma indica��o 100% pessoal, nada a ver com o PSD", disse ap�s o an�ncio de Bolsonaro, ainda no Pal�cio do Planalto.

Antes no PMN, Faria apoiou e aconselhou os governos petistas de Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O l�der Diego Andrade (PSD-MG) disse estar "pronto para ajudar nas boas propostas do governo". O deputado F�bio Trad (PSD-MS) foi mais cr�tico: "Ao F�bio Faria, meus sinceros votos de que consiga preservar a sanidade mental neste governo e conven�a o presidente a respeitar a imprensa".

De atua��o discreta no baixo clero da C�mara, faz parte da Mesa Diretora como terceiro-secret�rio, sendo mais conhecido pelo tr�nsito nos bastidores, inclusive com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Atualmente, dedica parte de seu tempo no papel de advers�rio pol�tico da governadora F�tima Bezerra (PT), que derrotou o pai dele na tentativa de reelei��o, em 2018. O ex-governador ficou em terceiro lugar. Faria recebeu 70.350 votos na elei��o de 2018, ocupando a oitava e �ltima vaga dos eleitos pelo Rio Grande do Norte. Com base eleitoral no interior, se formou h� 20 anos no curso de administra��o de empresas pela Universidade Potiguar.

Lava Jato

Por duas vezes, o deputado foi delatado em investiga��es contra corrup��o relacionadas � Opera��o Lava Jato. Uma por executivos da Odebrecht e outra pelos da JBS. Os inqu�ritos foram arquivados por falta de provas no Supremo Tribunal Federal.

Parte das investiga��es seguiu, no entanto, na Justi�a Eleitoral com rela��o ao pai do ministro. Os delatores disseram que o deputado teria recebido R$ 100 mil como caixa dois na campanha de 2010. Nas listas de propina, seu apelido seria "Garanh�o" ou ainda "Bonit�o". Pai e filho negam irregularidades.

Em 2009, Faria foi protagonista de um epis�dio de abuso de dinheiro p�blico, tendo usado cota parlamentar para pagar passagens de sua ex-namorada Adriane Galisteu e de sua m�e. Ele devolveu R$ 21 mil ap�s o caso vir � tona.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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