
Sara foi presa nesta segunda-feira (15) pela Pol�cia Federal ap�s mandados serem expedidos pelo STF no �mbito do inqu�rito que investiga atos antidemocr�ticos. O pedido de pris�o dela e de outras cinco pessoas (que ainda n�o foram presas) foi feito ao STF pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR).
Em nota, a procuradoria afirmou que os pedidos foram feitos a partir de ind�cios de que o grupo "continua organizando e captando recursos financeiros para a��es que se enquadram na Lei de Seguran�a Nacional", que � a Lei 7.170/1983, objeto do inqu�rito que investiga os atos antidemocr�ticos. Conforme PGR, o objetivo das pris�es tempor�rias � ouvir os investigados e reunir informa��es sobre como funciona o esquema criminoso.
Sara prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (15) � PF e deve prestar outro nesta ter�a-feira (16). Na ocasi�o, quando perguntada a respeito dos fatos investigado, logo no in�cio do depoimento, Sara permaneceu em sil�ncio. Ela tamb�m ficou em sil�ncio quando questionada se � l�der do movimento "300 do Brasil" e quando investigadores perguntaram sobre o v�deo no qual ela faz amea�as contra o ministro Alexandre de Moraes.
J� sobre o ato que lan�ou fogos de artif�cio contra o STF no �ltimo s�bado (13), ela negou envolvimento dela ou de qualquer outra pessoa do grupo "300 do Brasil". A Pol�cia Civil prendeu Renan Silva Sena pelo ato. Segundo Sara, Renan � l�der de outro acampamento, o "Patriotas", que n�o possui rela��o com o seu grupo.
A ativista disse ainda, em depoimento, que o grupo n�o possui nenhuma conex�o com os poderes Legislativo, Executivo e Judici�rio. De acordo com ela, o grupo tamb�m n�o recebe "nenhum tipo de apoio financeiro ou de outra esp�cie do governo", mas "que n�o pode afirmar pelos outros grupos". Sara afirmou que n�o integram o grupo assessores parlamentares ou cabos eleitorais.
O outro advogado que protocolou um HC � o baiano Henrique Quintanilha. "Eu achei uma coisa t�o absurda. Poderia ser dela ou partid�rio de outra linha ideol�gica", disse. Para o advogado, "dizer que o STF tem que acabar n�o configura uma amea�a".
No HC, que segundo o advogado possui 32 p�ginas, um dos pontos considerado � o fato de que Sara � uma cidad� comum, por isso n�o seria compet�ncia do STF fazer o pedido de pris�o. Se j� existia um inqu�rito, deveria ser desmembrado e encaminhado para um juiz de primeiro grau, independentemente que tenha deputado federal envolvido, conforme o advogado.
Quintanilha afirma ainda que a Lei de Seguran�a Nacional � antiga, da �poca da Ditadura Militar, e foi recepcionada pela Constitui��o Federal. Assim, � preciso haver interpreta��o da lei para recepcionar a livre manifesta��o de pensamento que � prevista na CF. "N�o pode ser levada � risca", disse.