
Os advogados de Sara Giromini alegam 'ilegalidade' em seu decreto de pris�o tempor�ria, em raz�o de a bolsonarista n�o possuir foro de prerrogativa de fun��o, 'cabendo � primeira inst�ncia da Justi�a Federal a an�lise da medida a ser tomada'.
A defesa argumenta ainda 'aus�ncia dos pressupostos da pris�o tempor�ria' e diz que n�o teve acesso aos autos. Ap�s a pris�o de Sara na manh� desta segunda, 16, uma das advogadas que assina o HC, Renata Tavares, afirmou que a bolsonarista 'foi v�tima de uma pris�o pol�tica'.
"A paciente � uma cidad� brasileira, que expressa sua opini�o (e crime de opini�o, ainda n�o � crime), n�o possui qualquer cargo ou fun��o p�blica que a designasse para a aplica��o de quaisquer atos ou murm�rios da Suprema Corte brasileira", dizem os defensores de Sara, que alegam ainda que ela � m�e.
O HC da defesa de Sara � um dos tr�s que foram apresentados ao STF em benef�cio da bolsonarista. Um deles j� foi distribu�do para relatoria da ministra Carmen L�cia.
A pris�o tempor�ria de Sara Giromini e outras cinco lideran�as do grupo '300 do Brasil' foram decretadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a pedido do vice-procurador-geral da Rep�blica Procuradoria-Geral da Rep�blica Humberto Jacques de Medeiros.
Em nota, a PGR indicou que h� ind�cios 'de que o grupo continua organizando e captando recursos financeiros para a��es que se enquadram na Lei de Seguran�a Nacional'. O objetivo das pris�es tempor�rias, com dura��o de cinco dias, '� ouvir os investigados e reunir informa��es de como funciona o esquema criminoso', diz o Minist�rio P�blico Federal.
Ex-assessora de confian�a da ministra da Mulher, da Fam�lia e dos Direitos Humanos, Damares Alves, a bolsonarista tamb�m foi um dos alvos de busca na ofensiva da Pol�cia Federal no �mbito do inqu�rito das fake news. A opera��o mirou aliados do presidente Jair Bolsonaro suspeitos de integrarem um esquema de divulga��o de not�cias falsas.
Na ocasi�o, ap�s a a��o da PF, a extremista xingou e fez uma s�rie de amea�as contra o ministro Alexandre de Moraes, al�m de chamado para trocar socos. Alexandre � relator da investiga��o sobre amea�as e ofensas a integrantes do Supremo e do inqu�rito sobre a organiza��o e financiamento de atos antidemocr�ticos.
Sara est� � frente de grupo bolsonarista que foi classificado pelo Minist�rio P�blico do Distrito Federal e Territ�rios como 'mil�cia armada' e esteve envolvido, nas �ltimas semanas, em diferentes atos contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. No Whatsapp, seus integrantes eram chamados de 'militares' que deveriam estar prontos para 'dar a vida pela sua na��o'.
A bolsonarista liderou protesto do '300 do Brasil' pela Esplanada dos Minist�rios em dire��o ao STF - ato que foi comparado por autoridades aos atos da Ku Klux Klan, grupo supremacista branco dos Estados Unidos - e tamb�m participou de invas�o � c�pula do Congresso, ap�s o acampamento do movimento bolsonarista ser desmontado, no �ltimo s�bado, 13.
Depoimento
Ap�s a sua pris�o, Sara prestou depoimento � Pol�cia Federal nesta segunda, 15. Na ocasi�o, ela se recusou a responder o objetivo dos '300 pelo Brasil', mas disse que o grupo � voltado a 'desobedi�ncia civil e a��es n�o violentas'.
A militante bolsonarista de extrema-direita tamb�m se recusou a responder o motivo que a levou a gravar o v�deo com amea�as ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Aos investigadores, Sara confirmou ser apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, mas disse que n�o recebe apoio financeiro ou de qualquer esp�cie do governo federal. Ela afirmou ainda que n�o h� participa��o de assessores parlamentares ou cabos eleitorais no grupo.
A extremista ainda negou ter participado do ataque com fogos contra o pr�dio do Supremo, no �ltimo s�bado, e deu outra vers�o para o protesto que foi comparado aos atos da Ku Klux Klan, dizendo que o ato foi baseado em uma passagem b�blica.