
A sa�da do economista Abraham Weintraub do Minist�rio da Educa��o para assumir a dire��o do Banco Mundial � mais uma amostra da enorme dan�a das cadeiras nos minist�rios do governo de Jair Bolsonaro. Weintraub � o 10º ministro a deixar o primeiro escal�o do presidente, o sexto somente em 2020.
A sa�da do ministro tem rela��o com uma s�rie de pol�micas envolvendo o MEC e algumas declara��es dadas em redes sociais. No �ltimo domingo, Weintraub participou de um ato de apoio ao governo em Bras�lia, n�o usou m�scaras e foi multado em R$ 2 mil pelo governo do Distrito Federal. Al�m disso, � alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) no inqu�rito das fake news por ter falado em pris�o de ministros da Corte e os xingado de “vagabundos”. Ele tamb�m � investigado por suposta pr�tica de racismo ao ironizar a China.
At� ent�o, o �ltimo que havia deixado o minist�rio foi o m�dico Nelson Teich, exonerado da pasta da Sa�de depois de menos de um m�s ao discordar da opini�o de Jair Bolsonaro a respeito do uso da cloroquina para tratamento em pacientes com coronav�rus. Pelo mesmo motivo, Henrique Mandetta havia deixado o posto em meados de abril.
O juiz S�rgio Moro se tornou outra baixa no Minist�rio da Justi�a. Sua sa�da ocorreu depois de acusar Jair Bolsonaro de interferir nas decis�es da Pol�cia Federal, provocando uma investiga��o contra o presidente. A mudan�a agitou os bastidores do governo. Andr� Luiz Mendon�a, ex-AGU, assumiu o posto.
Gustavo Canuto iniciou as trocas em 2020 ao ser demitido no in�cio de fevereiro do Minist�rio do Desenvolvimento Regional. Em seguida, assumiu a presid�ncia da Dataprev, empresa de tecnologia e informa��es da Previd�ncia Social. Rog�rio Marinho foi designado para o cargo.
Outro que deixou a pasta foi o ent�o deputado Osmar Terra. Em fevereiro, ele havia se desligado do Minist�rio da Cidadania em virtude de reforma encabe�ada por Jair Bolsonaro. Ent�o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni herdou o seu lugar. Com a Casa-Civil vaga, Bolsonaro designou o general mineiro Walter Souza Braga Netto para a fun��o.
Clima inst�vel
As primeiras mudan�as feitas por Jair Bolsonaro j� refletiam o clima quente que agitava o clima em Bras�lia Com menos de dois meses no cargo, o ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Gustavo Bebbiano foi exonerado por Bolsonaro em fevereiro de 2019 por causa de diverg�ncias "em pontos de vistas sobre quest�es relevantes", como afirmou o pr�prio Bolsonaro em nota. Floriano Peixoto Neto assumiu o lugar. Bebbiano morreu em mar�o deste ano, de infarto, aos 56 anos.
Quem tamb�m foi demitido foi o ministro da Educa��o, Ricardo V�lez. Sua sa�da foi sob a alega��o de "falta de expertise e gest�o", que levaram a problemas internos dentro da pasta. Abraham Bragan�a Weintraub foi nomeado.
Houve mudan�a tamb�m na secretaria do governo, outro posto de confian�a do presidente Jair Bolsonaro: o general Luiz Eduardo Ramos Baptista substituiu Carlos Alberto dos Santos Cruz. Ent�o secret�rio-geral da presid�ncia, o general Floriano Peixoto Vieira Neto deixou o cargo para se tornar presidente do Correios em junho. O posto foi ocupado pelo major Jorge Ant�nio de Oliveira Francisco.