
Pediram demiss�o os procuradores Hebert Reis Mesquita, Luana Vargas de Macedo e Victor Riccely. O grupo era respons�vel pela condu��o de inqu�ritos envolvendo pol�ticos com foro privilegiado no Supremo, al�m de atuar em habeas corpus movidos na Corte em favor dos investigados e a negocia��o de dela��es premiadas.
Segundo apurou o Estad�o, as portarias de dispensa j� foram assinadas.
Mais cedo, a for�a-tarefa da Lava-Jato em Curitiba enviou of�cio a Aras e � corregedoria da PGR acusando a subprocuradora Lindora, bra�o-direito de Aras, de ir � sede do Minist�rio P�blico Federal do Paran� para consultar arquivos que originaram a Lava-Jato, em 2014. No documento, os procuradores alegam ‘estranhamento’ gerado pela ‘busca informal’ de dados e o uso do nome da corregedoria do MPF.
O of�cio presta ‘informa��es sobre reuni�es e atos realizados pela excelent�ssima subprocuradora-geral da Rep�blica Lindora Maria Ara�jo’, nos dias 24 e 25 deste m�s, ‘em que se buscou acesso a informa��es, procedimentos e bases de dados desta for�a-tarefa em dilig�ncia efetuada sem prestar informa��es sobre a exist�ncia de um procedimento instaurado, formaliza��o ou escopo definido’.
Al�m de Curitiba, o of�cio para consulta de informa��es da Lava-Jato tamb�m foi enviado para as for�as-tarefas do Rio e de S�o Paulo. Assim como em Curitiba, a solicita��o de dados inclui materiais de interesse para a PGR, como relat�rios de intelig�ncia financeira do Coaf (atual Unidade Intelig�ncia Financeira), dados de coopera��es internacionais, entre outros.
A a��o de Lindora foi considerada inusitada pela Lava-Jato Curitiba e um risco para os dados das investiga��es. No documento enviado a Aras, os procuradores afirmaram que embora a subprocuradora-geral ‘tenha afirmado que n�o buscava a transfer�ncia de dados sigilosos’, na reuni�o defendeu-se que o entendimento da equipe da PGR era de ‘que materiais, mesmo obtidos mediante decis�o judicial, podem ser compartilhados para acesso para fins de intelig�ncia no �mbito do Minist�rio P�blico’.
Em nota, Lindora negou irregularidades na visita e disse que se tratava de uma reuni�o previamente agendada. “N�o houve inspe��o, mas uma visita de trabalho que visava � obten��o de informa��es globais sobre o atual est�gio das investiga��es e o acervo da for�a-tarefa, para solucionar eventuais passivos” Segundo ela, n�o se “buscou compartilhamento informal de dados, como aventado em of�cio dos procuradores”. A solicita��o de compartilhamento foi feita por meio de of�cio no dia 13 de maio.
Procuradores e procuradores regionais da Rep�blica que integram as for�as-tarefas Lava-Jato no Paran�, S�o Paulo e Rio de Janeiro e for�a-tarefa Greenfield, se manifestam nesta sexta-feira sobre as demiss�es dos procuradores Hebert Reis Mesquita, Luana Vargas de Macedo e Victor Riccely. (leia abaixo)
For�as-tarefas da Lava-Jato e Greenfield divulgam nota p�blica
"Os procuradores e procuradores regionais da Rep�blica que integram as for�as-tarefas Lava Jato no Paran�, S�o Paulo e Rio de Janeiro e for�a-tarefa Greenfield v�m a p�blico expressar sua integral confian�a nos procuradores da Rep�blica Hebert Reis Mesquita, Luana Macedo Vargas, Maria Clara Noleto e Victor Riccely Lins Santos, que trabalharam nos casos da Opera��o Lava-Jato na Procuradoria-Geral da Rep�blica, em Bras�lia.
S�o procuradores da Rep�blica competentes, dedicados, experientes e amplamente comprometidos com a integridade, a causa p�blica e o combate � corrup��o e enfrentamento da macrocriminalidade. Ao longo de anos, Hebert Reis Mesquita, Luana Macedo Vargas, Maria Clara Noleto e Victor Riccely Lins Santos cooperaram amplamente em importantes trabalhos conjuntos com as for�as-tarefas Lava-Jato e Greenfield, raz�o pela qual os seus integrantes expressam seu profundo agradecimento e admira��o.
Minist�rio P�blico Federal no Paran�
Abaixo, o posicionamento de Lindora Maria Ara�jo
Como coordenadora da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justi�a (STJ), a subprocuradora-geral Lindora Ara�jo realizou visita de trabalho � for�a-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. Desde o in�cio das investiga��es, h� um interc�mbio de informa��es entre a PGR e as for�as-tarefas nos estados, que atuam de forma colaborativa e com base no di�logo.
Processos que tramitam na Justi�a Federal do Paran� t�m rela��o com processos que tramitam no STF e no STJ, e a subprocuradora-geral Lindora Ara�jo � respons�vel pela interlocu��o entre as diferentes equipes da Lava-Jato.
A visita n�o foi de surpresa, mas previamente agendada, h� cerca de um m�s, com o coordenador da for�a-tarefa de Curitiba –que, inclusive, solicitou que a PGR esperasse seu retorno das f�rias, o que foi feito.
N�o houve inspe��o, mas uma visita de trabalho que visava � obten��o de informa��es globais sobre o atual est�gio das investiga��es e o acervo da for�a-tarefa, para solucionar eventuais passivos. Um dos pap�is dos �rg�os superiores do Minist�rio P�blico Federal � o de organizar as for�as de trabalho.
A visita n�o buscou compartilhamento informal de dados, como aventado em of�cio dos procuradores. A solicita��o de compartilhamento foi feita por meio de of�cio no dia 13 de maio. O mesmo of�cio, com o mesmo pedido, foi enviado para as for�as-tarefas de Curitiba, S�o Paulo e Rio de Janeiro.
Os assuntos da visita de trabalho, como � o normal na Lava-Jato, s�o sigilosos. A PGR estranha a rea��o dos procuradores e a divulga��o dos temas, internos e sigilosos, para a imprensa.