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Estado de Minas POL�TICA

Dez delatores da Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS entregaram Serra � Lava Jato


postado em 03/07/2020 16:28

O Minist�rio P�blico Federal (MPF) denunciou, nesta sexta, 3, o ex-governador de S�o Paulo e atual senador Jos� Serra (PSDB) e sua filha, Ver�nica Allende Serra, por lavagem de dinheiro transnacional. Segundo a Lava Jato, Serra, entre 2006 e 2007, usou seu cargo e influ�ncia pol�tica para receber propina em troca da cess�o de contratos bilion�rios de obras vi�rias. O rol de testemunhas que embasa a den�ncia � composto por dez executivos da Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS.

De acordo com a procuradoria, Serra tinha conhecimento do interesse de empreiteiras nas contrata��es e 'depositava em agentes p�blicos, como Paulo Vieira de Souza (ex-diretor da Dersa), a miss�o de negociar como se daria e qual a contrapartida aos pagamentos il�citos seria fornecida'.

A vers�o foi corroborada, segundo o MPF, pelos depoimentos de Pedro Novis, Marcelo Odebrecht, Luiz Eduardo Soares, Arnaldo Cumplido, Benedicto Barbosa da Silva J�nior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Roberto Cumplido e F�bio Andreani Galdolfo, todos ex-executivos da Odebrecht, al�m Fl�vio David Barra, ex-presidente da Andrade Gutierrez, e Carlos Henrique Barbosa Lemos, ex-diretor da OAS.

De acordo com a Procuradoria, Serra solicitou, no fim de 2006, propina de R$ 4,5 milh�es da Odebrecht e indicou que gostaria de receber o montante n�o no Brasil, mas no exterior. Nas planilhas do famoso Setor de Opera��es Estruturadas da empreiteira, Serra ganhou o codinome 'vizinho', por morar pr�ximo a seu principal contato na empresa, Pedro Novis. O ent�o presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, confirmou em seu depoimento que o apelido era refer�ncia a Jos� Serra. Em mensagem interceptada pelos investigadores, Marcelo se refere a 'vizinho' como poss�vel futuro Presidente da Rep�blica, em aten��o � iminente candidatura do tucano.

O pr�prio Novis teria confirmado que costumava se encontrar com Serra na casa e no escrit�rio do ent�o governador. Nas reuni�es, afirmou receber as demandas de pagamentos, em troca de 'aux�lios' diversos � Odebrecht em obras de infraestrutura e concess�es de transporte e saneamento, por exemplo.

J� Luiz Eduardo Soares, ex-funcion�rio do Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht, confirmou que a empreiteira realizou pagamentos de propina por meio de offshore disponibilizada pelo empres�rio Jos� Amaro Pinto Ramos que, segundo a procuradoria, tiveram como destinat�rio final o ex-governador.

Arnaldo Cumplido, Benedicto Barbosa da Silva J�nior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Roberto Cumplido, F�bio Andreani Galdolfo e Pedro Augusto Ribeiro Novis teriam afirmado ainda que as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corr�a, CR Almeida, Galv�o Engenharia, Mendes Junior, OAS, Queiroz Galv�o e Serveng Civilsan formaram um cartel para fraudar licita��es, dividir lotes de obras e maximizar lucros com anu�ncia do poder p�blico.

J� o executivo Roberto Cumplido, tamb�m da Odebrecht, teria dito que, durante as tratativas do cartel no processo licitat�rio do Rodoanel Sul, o ex-diretor da Dersa, M�rio Rodrigues J�nior, afirmou que, se as empreiteiras conseguissem arrematar as obras em um valor pr�ximo ao m�ximo previsto no edital, seriam exigidas 'contribui��es para campanhas eleitorais' ao PSDB.

O ex-executivo da OAS, Carlos Henrique Barbosa Lemos, confirmou ainda que o esquema continuou ap�s a sa�da de M�rio Rodrigues J�nior da dire��o da Dersa. Seu sucessor, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, teria agendado uma reuni�o das empreiteiras no Pal�cio dos Bandeirantes com participa��o do ent�o secret�rio da Casa Civil, Aloysio Nunes, para provar interlocu��o com o alto escal�o do governo. Na sequ�ncia, Nunes teria seguido exatamente a ordem de assuntos que Paulo Vieira antecipara �s empreiteiras, 'com o que todos se convenceram de que ele, de fato, era um emiss�rio, e assim passaram a realizar os pagamentos por ele solicitados'.

COM A PALAVRA, O SENADOR

"Causa estranheza e indigna��o a a��o deflagrada pela For�a Tarefa da Lava Jato de S�o Paulo na manh� desta sexta-feira (3) em endere�os ligados ao senador Jos� Serra. Em meio � pandemia da Covid-19, em uma a��o completamente desarrazoada, a opera��o realizou busca e apreens�o com base em fatos antigos e prescritos e ap�s den�ncia j� feita, o que comprova falta de urg�ncia e de lastro probat�rio da Acusa��o.

� lament�vel que medidas invasivas e agressivas como a de hoje sejam feitas sem o respeito � Lei e � decis�o j� tomada no caso pela Suprema Corte, em movimento ilegal que busca constranger e expor um senador da Rep�blica.

O Senador Jos� Serra refor�a a licitude dos seus atos e a integridade que sempre permeou sua vida p�blica. Ele mant�m sua confian�a na Justi�a brasileira, esperando que os fatos sejam esclarecidos e as arbitrariedades cometidas devidamente apuradas."

COM A PALAVRA, O PSDB

Em sua conta no Twitter, o partido afirmou: "O PSDB acredita no sistema judicial do Pa�s e defende as apura��es na utiliza��o de recursos p�blicos, ao mesmo tempo em que confia na hist�ria do Senador Jos� Serra e nos devidos esclarecimentos dos fatos".


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