Em isolamento em casa ap�s contrair o novo coronav�rus, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na manh� desta quarta-feira, 8, "estar muito bem". Em postagem em suas redes sociais, ele atribui a aus�ncia de sintomas mais graves da doen�a ao uso da hidroxicloroquina, medicamento sem efic�cia comprovada no tratamento da covid-19. Bolsonaro tem 65 anos e faz parte do grupo de risco.
"Aos que torcem contra a hidroxicloroquina, mas n�o apresentam alternativas, lamento informar que estou muito bem com seu uso e, com a gra�a de Deus, viverei ainda por muito tempo", escreveu o presidente da Rep�blica, incluindo na postagem uma foto tomando caf� da manh� no Pal�cio da Alvorada.
Na sequ�ncia de mensagens, Bolsonaro admitiu que as medidas de isolamento social adotadas por prefeitos e governadores, constantemente criticadas por ele, "sempre visaram retardar o cont�gio" da doen�a no Pa�s.
"Todas as medidas de isolamento adotadas por governadores e prefeitos sempre visaram retardar o cont�gio enquanto os hospitais se preparavam para receber respiradores e leitos UTIs", disse Bolsonaro na rede social.
A declara��o � uma mudan�a de tom em rela��o a men��es anteriores. No fim de mar�o, ap�s fazer um pronunciamento criticando o confinamento e defendendo a abertura de com�rcios, o presidente afirmou que iria pedir ao Minist�rio da Sa�de uma mudan�a na orienta��o de isolamento da popula��o durante a pandemia do novo coronav�rus. A recomenda��o defendida por ele era que o isolamento fosse adotado apenas para idosos e pessoas com comorbidades, que fazem parte do grupo de risco.
No in�cio de abril, Bolsonaro disse que discordava do fechamento do com�rcio, defendeu que aqueles fora do grupo de risco deveriam trabalhar normalmente e responsabilizou governadores. "Por demagogia, h� uma disputa entre algumas autoridades sobre quem est� mais preocupado com a vida de voc�s", disse a apoiadores. Dias depois, o ent�o ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, acabou demitido por diverg�ncias com o presidente.
Depois, em maio, Bolsonaro voltou a reclamar do isolamento social e afirmou que "n�o d� para continuar assim". "N�s sabemos que devemos nos preocupar com o v�rus, em especial os mais idosos, quem tem doen�as, quem � fraco, mas (sem) essa de fechar a economia. 70 dias a economia fechada. At� quando isso vai durar? N�s vamos enfrentar isso da�, eu lamento. N�s sabemos que devemos nos preocupar com o v�rus, em especial os mais idosos, quem tem doen�as, quem � fraco, mas (sem) essa de fechar a economia. 70 dias a economia fechada. At� quando isso vai durar? N�s vamos enfrentar isso da�, eu lamento", disse na �poca.
Ap�s dizer que testou positivo para o novo coronav�rus, Bolsonaro cancelou compromissos presenciais e far� reuni�es por videoconfer�ncia ao longo do dia.
No Twitter, Bolsonaro voltou a dizer que o governo "atendeu a todos com recursos e meios necess�rios" durante a pandemia, citando como exemplo o aux�lio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais. Segundo ele, "nenhum pa�s fez como o Brasil".
Na ter�a, o Brasil registrou 1.312 mortes pela covid-19 em 24 horas; o total de �bitos chegou a 66.868. "Preservamos vidas e empregos sem propagar o p�nico, que tamb�m leva a depress�o e mortes. Sempre disse que o combate ao v�rus n�o poderia ter um efeito colateral pior que o pr�prio v�rus."
O presidente informou na ter�a que contraiu a covid-19. Divulgado pelo Planalto, o exame foi feito na segunda-feira, sem usar codinome para identifica��o do laudo, ao contr�rio de outras tr�s vezes em que o presidente recorreu a pseud�nimos na hora da coleta.
O resultado positivo do chefe do Executivo ganhou repercuss�o internacional e obrigou a c�pula do governo a tamb�m fazer novos testes.
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