
“Temos no topo da cadeia criminosa, no polo financeiro, temos supostamente o acionista controlador da empresa Qualicorp. E no topo da cadeia, no polo pol�tico, temos o ent�o candidato Jos� Serra”, afirmou o delegado.
De acordo com ele, os valores eram passados por meio de uma gr�fica, uma empresa de camarotes e a Titans Group. Ele explica que para que isso funcionasse de forma ilegal, existia uma estrutura com o objetivo de "dissimular a origem il�cita dos valores repassados ao ent�o candidato em 2014". Para isso, havia a simula��o de presta��o de servi�o e aquisi��o de produtos por meio de transfer�ncias banc�rias.
Existem tamb�m ind�cios de repasses de uma empresa de constru��o civil e uma do ramo aliment�cio. Os valores chegam a quase R$ 2 milh�es.
O delegado ainda explica que "o acionista controlador (Seripieri) fornecia os n�meros de contato dos intermedi�rios do candidato, e o grupo encarregado de pagar entrava em contato com o grupo de Serra e fazia reuni�o para convergir sobre como os repasses seriam feitos.”
Entenda a Opera��o Paralelo
A terceira fase da Opera��o Lava-Jato junto � Justi�a Eleitoral de S�o Paulo foi desencadeada pela Pol�cia Federal (PF) e pelo Minist�rio P�blico Eleitoral de S�o Paulo. A ofensiva foi aberta por ordem da 1ª Zona Eleitoral de S�o Paulo, que tamb�m determinou o bloqueio judicial de contas banc�rias dos investigados.
Um dos principais alvos da Opera��o Paralelo � o empres�rio Jos� Seripieri Junior, fundador e ex-presidente da Qualicorp, preso temporariamente no �mbito da opera��o. Segundo a Minist�rio P�blico Eleitoral, supostas doa��es de R$ 5 milh�es n�o contabilizadas � Serra em 2014 teriam sido feitas a mando de "Junior".
A Pol�cia Federal apontou ainda que a investiga��o identificou outros pagamentos, "em quantias tamb�m elevadas e efetuados por grandes empresas, uma delas do setor de nutri��o e outra do ramo da constru��o civil, todos destinados a uma das empresas supostamente utilizadas pelo ent�o candidato para a oculta��o do recebimento das doa��es".
No �nicio da tarde desta ter�a-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli suspendeu o mandado de busca e apreens�o que seria cumprido no gabinete do senador Jos� Serra (PSDB) no Senado.
Confira nota de Jos� Serra:
"Jos� Serra lamenta a espetaculariza��o que tem permeado a��es deste tipo no pa�s, refor�a que jamais recebeu vantagens indevidas ao longo dos seus 40 anos de vida p�blica e sempre pautou sua carreira pol�tica na lisura e austeridade em rela��o aos gastos p�blicos. Importante refor�ar que todas as contas de sua campanha, sempre a cargo do partido, foram aprovadas pela Justi�a Eleitoral”
*Com ag�ncias
*Estgagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz