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Estado de Minas ElEI��ES

Disputa eleitoral de 2022 come�a, � sombra do coronav�rus

Com candidaturas que j� se desenham, sucess�o ter� ex-aliados e opositores do presidente Bolsonaro, que buscar� o segundo mandato, todos julgados ao ritmo dos efeitos da pandemia


26/07/2020 04:00 - atualizado 26/07/2020 10:12

Os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) são cogitados numa mesma chapa (foto: Reprodução/Agência Brasil )
Os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta (Sa�de) e Sergio Moro (Justi�a e Seguran�a P�blica) s�o cogitados numa mesma chapa (foto: Reprodu��o/Ag�ncia Brasil )

Bras�lia – A pouco mais de dois anos para a elei��o presidencial de 2022, o cen�rio da campanha come�a a se desenhar, com o surgimento de novos postulantes e a sinaliza��o dos temas que devem dominar os debates. O presidente Jair Bolsonaro, para conseguir um novo mandato, dever� enfrentar candidaturas de ex-aliados –– al�m dos nomes da oposi��o –– e cobran�as sobre as principais mazelas de seu governo, como os n�meros da pandemia do novo coronav�rus.

(foto: Marcello Casal Jr/Agência Senado)
(foto: Marcello Casal Jr/Ag�ncia Senado)


Aos poucos, alguns atores com pretens�es ao Pal�cio do Planalto soltam bal�es de ensaio para avaliar a viabilidade de suas candidaturas. Um deles � o ex-ministro da Sa�de Luiz Henrique Mandetta (DEM), que anunciou, na �ltima quinta-feira, a disponibilidade de se engajar na corrida presidencial –– na cabe�a da chapa ou a vice numa coliga��o. O m�dico deixou o governo ap�s diverg�ncias com Bolsonaro, que insiste na efic�cia da hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19 e � cr�tico ferrenho do isolamento social.
 
Ao falar sobre suas pretens�es eleitorais, Mandetta anunciou que deve lan�ar, em agosto, um livro contando seu trabalho no Minist�rio da Sa�de durante a pandemia. Nos �ltimos dias houve tamb�m rumores sobre uma poss�vel chapa formada por Mandetta e o ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica Sergio Moro, que deixou o governo acusando Bolsonaro de tentar interferir na Pol�cia Federal para proteger filhos e amigos. Os dois ex-ministros eram os que desfrutavam da maior popularidade no governo e, ao sa�rem, lutam para manter vivo o apoio que setores da sociedade lhes deram.
 
No caso de Moro, caso se confirme como candidato ao Planalto, ele tem tudo para levar para os debates eleitorais o combate � corrup��o e ao crime organizado, uma bandeira ainda dos tempos em que era juiz da Opera��o Lava-Jato, em Curitiba. Em v�rias oportunidades, Moro lamentou que o assunto n�o tenha recebido a devida prioridade por parte de Bolsonaro.
 
O governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), tamb�m n�o esconde o desejo de trocar o Pal�cio dos Bandeirantes pelo do Planalto. Ao discurso da moderniza��o da gest�o e da efici�ncia, com inspira��o na iniciativa privada, somar� a gest�o da pandemia para o debate eleitoral, com cr�ticas � atua��o do governo federal. Nesta seara, o tucano refor�ou o time, trazendo o ex-secret�rio-executivo do Minist�rio da Sa�de na gest�o de Mandetta, Jo�o Gabbardo, para o posto de secret�rio-executivo do Centro de Conting�ncia do combate ao coronav�rus em S�o Paulo.

Diverg�ncia


Na oposi��o, a tend�ncia � a continua��o da diverg�ncia e da desuni�o que se tornou a marca dos partidos de esquerda desde a elei��o de Dilma Rousseff. Uma frente com caracter�sticas de centro-esquerda j� encontra problemas para se consolidar diante de pr�-candidaturas declaradas, como as de Ciro Gomes (PDT) e de Fl�vio Dino (PCdoB), atual governador do Maranh�o. Defensor da forma��o de uma ampla concerta��o de oposi��o, ele admitiu, em entrevista recente ao Estado de Minas, que n�o acredita que isso seja poss�vel “em raz�o de m�goas e outros resqu�cios da elei��o de 2018”. Dino, avaliado como um bom gestor e � frente do estado que paga o maior piso salarial de professor no pa�s, pretende empunhar bandeiras como a educa��o e a import�ncia do fortalecimento do Estado para o desenvolvimento.
 
O PT, nesse tabuleiro, continua uma inc�gnita, mergulhado em indefini��es sobre o nome do candidato e poss�veis alian�as com outras siglas de oposi��o. H� ainda dois nomes de fora da cena pol�tico formal que podem se somar ao cen�rio. Al�m do apresentador e empres�rio Luciano Huck, que ensaiou uma candidatura presidencial em 2018, mas refugou, o engenheiro e investidor Eduardo Moreira � mais um que despontam com um discurso que prop�e que inclus�o social, economia de mercado e Estado eficiente n�o s�o excludentes.
 
E Jair Bolsonaro, onde entra nesse jogo? Entra, a princ�pio, como favorito � reelei��o, apesar das pol�micas e das cr�ticas, dentro e fora do Brasil. Com um patrim�nio eleitoral or�ado em torno dos 30%, os desacertos no tratamento da pandemia da COVID-19 nem assim parecem abal�-lo: na �ltima sexta-feira, pesquisa de inten��o de votos realizada pelo instituto Paran� Pesquisas, feita por encomenda para a revista Veja, mostrou que se as elei��es presidenciais fossem disputadas agora, ele seria reeleito qualquer que fosse seu advers�rio direto.
 
Para o cientista pol�tico Andr� Pereira C�sar, da Hold Assessoria Legislativa, o tema “sa�de” ser� um dos eixos do debate eleitoral em 2022. “Esse vai ser um tema que n�o importa se o candidato ser� o Mandetta, que tem o rosto do combate � COVID-19 no Brasil. Todos ter�o que abordar a pandemia, porque v�o ser cobrados pela sociedade, pelo eleitorado, por seus aliados”, salientou, acrescentando que a recupera��o econ�mica se insere nesta discuss�o. “Segundo os piores cen�rios, durante a campanha eleitoral a economia come�ar� a se recuperar.  Ent�o, os eleitores v�o querer saber o que vai ser feito de efetivo, em termos de investimentos, de atra��o de capital estrangeiro, combate � desigualdade, infraestrutura”, acrescentou.






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