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Estado de Minas POL�TICA

'� hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo n�o perdure', diz Aras


29/07/2020 10:56

O Procurador-Geral da Rep�blica, Augusto Aras, afirmou na noite desta ter�a-feira, 28, que "� hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo n�o perdure". Segundo o chefe do Minist�rio P�blico Federal, tal "corre��o de desvios", no entanto, n�o significa redu��o do empenho no combate � corrup��o.

"Espero que o enfrentamento a macrocriminalidade, especialmente naquela corrup��o relativa a grandes capitais continue a se fazer do mesmo modo, mas no universo dos limites da Constitui��o e das leis. O lavajatismo h� de passar", afirmou em "live" do Grupo Prerrogativas.

Aras indicou que a Lava Jato teve um papel relevante, mas, segundo ele, "deu lugar a uma hipertrofia". O PGR sinalizou ainda que gostaria de pensar "em corrigir rumos, n�o no que de desviante possa ter ocorrido". "N�o podemos gerir o Minist�rio P�blico para tr�s, mas para frente", disse.

O procurador-geral tamb�m comentou sobre o pedido de acesso ao banco de dados conservado pela for�a-tarefa da Lava Jato em Curitiba, afirmando que o mesmo � resultado da busca por transpar�ncia no Minist�rio P�blico Federal. "Estamos falando da transpar�ncia que estamos a promover. Todo o Minist�rio P�blico Federal, no seu sistema �nico, tem 40 terabytes. Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas l� com seus dados depositados. Ningu�m sabe como foram escolhidos, quais os crit�rios".

Na avalia��o do chefe do Minist�rio P�blico Federal, os dados obtidos por promotores e procuradores n�o podem servir a "prop�sitos antirrepublicanos" e que "n�o se pode imaginar que uma unidade institucional se fa�a com segredos".

O acesso aos dados das for�as-tarefa da Lava Jato no Paran�, em S�o Paulo e no Rio levou a um choque entre procuradores federais e a c�pula da PGR. Em outra linha, a Procuradoria-Geral da Rep�blica prop�s a cria��o da Unidade Nacional Anticorrup��o (Unac) no MPF, o que centralizaria em Bras�lia o controle de opera��es e passaria a administra��o das bases de dados das for�as-tarefa para uma secretaria ligada � Procuradoria.

Voltando a falar sobre a necessidade de ampliar a transpar�ncia, o procurador-geral, que foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro mesmo sem figurar entre as sugest�es mais votadas nas elei��es internas da institui��o, disse que as listas tr�plices s�o "fraud�veis" e que n�o podem existir "caixas-pretas" no MPF.

"A meta � abrir esta institui��o para que jamais se diga que esta institui��o possa ter caixas-pretas. A meta � dizer: lista tr�plice fraud�vel nunca mais, porque n�s temos relat�rios de per�cia, um da CGU (Controladoria Geral da Uni�o), um do �rg�o interno e um que ainda n�o foi entregue pelo Minist�rio do Ex�rcito, que falam que eram fraud�veis. N�o posso dizer fraudadas, porque o mecanismo era t�o poderoso que n�o deixava rastros", afirmou.

Rea��o

Ap�s as coloca��es de Aras sobre a Lava Jato e a transpar�ncia no MPF, o procurador Roberto Pozzobon, integrante da for�a-tarefa em Curitiba afirmou em seu perfil no Twitter que "faltou transpar�ncia" no processo de escolha do PGR pelo presidente Jair Bolsonaro.

"O transparente processo de escolha a partir de lista tr�plice, votada, precedida de apresenta��o de propostas e debates dos candidatos, que ficou de lado, fez e faz falta", afirmou o procurador.

A lista tr�plice vem sendo debate ainda mais recorrente desde a escolha de Bolsonaro por Aras. O procurador foi o primeiro indicado � chefia do MPF em 16 anos que n�o constava na lista tr�plice da PGR, formulada em vota��o entre procuradores. Desde que assumiu o comando do Minist�rio P�blico Federal em setembro de 2019, Aras vem tomando uma s�rie de medidas que atendem aos interesses do presidente.

Em maio, em meio a elogios de Bolsonaro ao PGR, mais de 500 procuradores da Rep�blica de todo Pa�s assinam manifesto pela independ�ncia do Minist�rio P�blico Federal. O documento pede a inclus�o no texto constitucional da regra de que o chefe do MPF deve ser escolhido com base em lista tr�plice escolhida pelos membros da institui��o, como acontece nos Minist�rios P�blicos de todas as Unidades da Federa��o.


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