
O presidente Jair Bolsonaro chorou na tarde desta ter�a-feira (1ª/9) durante homenagem p�stuma ao m�sico paraibano Pinto do Acordeon, que comp�s o jingle de campanha do chefe do Executivo. O artista morreu em julho, aos 72 anos, v�tima de um c�ncer. No momento em que foi tocada o v�deo com a m�sica de quando era candidato, Bolsonaro se emocionou e, em seguida, discursou com a voz embargada.
O presidente falou sobre a trajet�ria � presid�ncia e afirmou que o cargo “n�o � para qualquer um”. “N�o queiram a minha cadeira”, emendou falando sobre as dificuldades.
“Aconteceu, vencemos as elei��es. No meu entender n�o existe outra explica��o: � a m�o de Deus. E s� Deus sabe o que eu j� passei e passo dentro dessa sala aqui. N�o queira a minha cadeira. Com todo respeito, n�o sou o super-homem, mas n�o � para qualquer um. Tem que estar muito bem preparado psicologicamente, ter couro duro e ver como alguns zombam da nossa na��o. Se tivesse uma filmadora, um microfone ali dentro dariam v�rias horas de um cap�tulo que eu acho que mudaria o destino da nossa na��o. Mas a gente vai fazendo a nossa parte”, relatou.
Em meio ao discurso, Bolsonaro se referiu a governadores como “oportunistas” que pegaram carona em sua popularidade � �poca.
“Foi acontecendo quase que por acaso at� que um cabra da peste, um cearense, teve a ideia de convocar o povo para o aeroporto, e aquela onda pegou. Pessoas foram aparecendo aos poucos. Apareceram alguns oportunistas, � do ser humano. E temos que saber trat�-los para que n�o contaminem um grande sonho. At� porque o oportunista aparece depois que o time est� ganhando de 3 a 0, aos 40 do segundo tempo que ele diz que � torcedor do seu time”, afirmou.
A facada em Juiz de Fora
Bolsonaro tamb�m relembrou o epis�dio da facada em Juiz de Fora, em 2018 e, se referindo ao ex-ministro da Justi�a, S�rgio Moro, declarou que deveria ter “escolhido melhor” o comandante da pasta.
“Aconteceu uma passagem esquisita n� e eu acho que essa investiga��o poderia ter chegado ao fim se eu tivesse escolhido melhor um ministro meu que, lamentavelmente, n�o se comportou como aquilo que toda a popula��o sabia ou esperava dele se comportar. Aconteceu o 6 de setembro. Eu vejo a filha do M�rio [Frias], 9 anos, tem a idade da minha filha, eu sempre pedi a Deus enquanto estava no hospital para n�o deix�-la �rf�. Era a coisa mais importante da minha vida no hospital”, contou, falando da filha Laura.
Por fim, Bolsonaro disse que deseja deixar um legado que valha a pena: “Tenho plena consci�ncia da responsabilidade e daquilo que eu tenho que sacrificar, porque eu quero, assim como o Pinto do Acordeon, assim como Percy Geraldo Bolsonaro [pai], para sua fam�lia, ser lembrado e ter deixado uma hist�ria onde se possa ver que valeu a pena”.
Antes de deixar a solenidade, Bolsonaro abra�ou longamente a vi�va do m�sico. Confira o v�deo