
Os documentos foram entregues pelo vereador � Justi�a em virtude de processo movido por ele contra uma corretora da Bolsa de Valores.
Nos extratos, h� 14 recibos mensais com datas entre maio de 2007 e fevereiro de 2009. Neles, est� descrita cobran�a pelo aluguel do cofre — inicialmente, no valor de R$ 115 e, depois, reajustada para R$ 123.
� �poca, diz o jornal, o vereador tinha como ganho mensal apenas o sal�rio da C�mara Municipal do Rio de Janeiro, que esteve entre R$ 5.500 e R$ 7 mil. Ao prestar contas para o pleito de doze anos atr�s, Carlos Bolsonaro al�m de n�o mencionar o cofre, n�o citou investimentos na Bolsa e deixou de fazer alus�o ao saldo em conta banc�ria — que, em determinado momento, chegou a R$ 32 mil.
Outra den�ncia
Nesta semana, O Globo revelou extratos que apontam que o cabeleireiro M�rcio Gerbatim sacou, mensalmente, todo o sal�rio que recebeu como assessor do vereador Carlos Bolsonaro, entre abril de 2008 e abril 2010. Ele � ex-companheiro de M�rcia Aguiar, atual esposa de Fabr�cio Queiroz.
Como o inqu�rito investiga o desvio de recursos no antigo gabinete de Fl�vio Bolsonaro (Republicanos), na Assembleia Legislativa fluminense, foram quebrados todos os sigilos banc�rios dos funcion�rios, inclusive de Gerbatim. Ele, al�m de trabalhar na Alerj, foi assessor de Carlos.
De acordo com a investiga��o conduzida pelo Minist�rio P�blico, entre maio de 2008 e maio de 2010, quando recebeu o �ltimo pagamento, Gerbatim somou R$ 89.143,64 em sal�rios depositados pela C�mara de Vereadores. No mesmo per�odo, o total de cr�ditos em sua conta foi de R$ 93.422,91. As retiradas em dinheiro vivo totalizaram R$ 90.028,96.
No ano passado, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que ele nunca teve crach� de identifica��o na C�mara.
Vereador rebate
Carlos n�o se manifestou sobre o caso revelado pela Folha, mas, durante a semana, abordou a reportagem d’O Globo.
“A pessoa sacar seu sal�rio nunca foi crime! Fato ocorrido h� 10 anos! A narrativa destes � t�o normal quanto dizer que homem pode ser mulher se quiser! O objetivo sempre foi um s�: atingir o presidente”, postou, em sua conta no Twitter.