Apoiadores da Opera��o Lava Jato realizaram atos em defesa da continuidade da for�a-tarefa neste domingo, 6. De acordo com o movimento Vem Pra Rua, um dos respons�veis pela convoca��o das manifesta��es, carreatas foram realizadas em 15 Estados do Pa�s.
Na maior delas, em S�o Paulo, a organiza��o confirmou que mais de 200 autom�veis estavam participando do ato por volta do meio-dia.
A pauta da manifesta��o tem como principal ponto o pedido de prorroga��o da for�a-tarefa. Os manifestantes apontam que a Lava Jato est� sofrendo um desmonte, liderado pelo procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras. Panfletos com a inscri��o "Aras, inimigo da Lava Jato" foram distribu�dos durante o ato em S�o Paulo.
"Em um Pa�s que se divide entre apoiar a rachadinha ou o Petrol�o, n�s escolhemos ficar do lado do Brasil. Somos uma terceira via", afirmou no carro de som do evento em S�o Paulo um dos manifestantes. O ponto de encerramento previsto para o ato paulista � o Monumento �s Bandeiras, no Ibirapuera.
Em Bras�lia, a carreata terminou em frente � Procuradoria-Geral da Rep�blica, com um buzina�o e pedidos pela prorroga��o da opera��o.
O Vem Pra Rua tamb�m realizou uma transmiss�o ao vivo para acompanhar as carreatas por diversas cidades. Nomes como o ex-ministro S�rgio Moro, o jurista Modesto Carvalhosa e o fundador do Instituto N�o Aceito Corrup��o, Roberto Livianu, gravaram v�deos para o movimento que foram exibidos durante a transmiss�o.
As manifesta��es foram convocadas ap�s a sa�da do procurador Deltan Dallagnol, l�der da for�a-tarefa em Curitiba h� seis anos. Deltan declarou, no dia 1.�, ter deixado o comando da opera��o por quest�es familiares, para acompanhar a filha de um ano e dez meses em uma s�rie de exames e tratamentos.
Deltan vinha sofrendo desgaste em meio ao embate entre Augusto Aras e o grupo de procuradores de Curitiba, criado em 2014. Desde maio, ap�s a sa�da de S�rgio Moro, o ex-juiz da Lava Jato, do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica, Aras tenta acessar o banco de dados da opera��o, que cont�m informa��es sigilosas sobre os investigados.
O PGR foi ao Supremo Tribunal Federal (STF), ap�s as tr�s for�as-tarefa - Curitiba, Rio e S�o Paulo - resistirem a abrir dados indiscriminadamente. As investidas foram freadas temporariamente pelo relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin.
At� o fim desta semana, Aras deve definir se prorroga a designa��o dos 13 membros da Lava Jato, quais permanecer�o e por quanto tempo atuar�o ainda com exclusividade para os processos do caso - mais de uma centena. Em sete anos, s�o mais de R$ 4 bilh�es recuperados nas mais de 100 a��es penais e 30 processos c�veis, contra 532 r�us, 630 acordos de coopera��o internacional, mais de 200 acordos de dela��o premiada. H� processos ainda abertos e cerca de 400 outras investiga��es, que podem gerar den�ncias.
Em pedido de prorroga��o por mais um ano da for�a-tarefa, enviado ao PGR no �ltimo m�s, os procuradores de Curitiba afirmam que, "sem d�vidas, falta muito a analisar e a fazer, dada a dimens�o e complexidade dos casos e do volume de dados obtidos".
Al�m da sa�da de Deltan, tamb�m na semana passada, sete procuradores que integram a for�a-tarefa da Lava Jato em S�o Paulo assinaram of�cio a Aras solicitando desligamento dos trabalhos na opera��o at� o final deste m�s. Os procuradores argumentam "incompatibilidades insol�veis com a atua��o da procuradora natural dos feitos da referida for�a-tarefa, Viviane de Oliveira Martinez".
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