(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

Crivella � alvo de buscas e tem o celular apreendido


11/09/2020 07:00

O prefeito do Rio e candidato � reelei��o, Marcelo Crivella (Republicanos), foi alvo nesta quinta-feira, 10, de uma opera��o do Minist�rio P�blico e da Pol�cia Civil que apura suspeita de "pagamentos por fora" por empresas em troca de contratos com o munic�pio. S�o investigados no caso - chamado de "QG da propina" - crimes de corrup��o e organiza��o criminosa. Pela manh�, houve buscas na resid�ncia de Crivella e em duas sedes da prefeitura - o Pal�cio da Cidade, na zona sul, de onde ele despacha, e o pr�dio administrativo, no centro. O celular do prefeito foi apreendido.

Na ter�a-feira, 8, o MP j� havia cumprido mandado de busca e apreens�o em endere�o de outro candidato � prefeitura, Eduardo Paes (DEM). Paes ainda se tornou r�u na Justi�a Estadual do Rio por corrup��o, lavagem de dinheiro e falsidade ideol�gica eleitoral, sob acusa��o de ter recebido R$ 10,8 milh�es em caixa 2 da Odebrecht em 2012. Ele nega.

A a��o de ontem, que mirou Crivella, � um desdobramento da Opera��o Hades, deflagrada em mar�o, com base na dela��o premiada do doleiro S�rgio Mizrahy. Segundo o colaborador, empresas interessadas em contratos do Executivo municipal se reuniam no "QG da propina". Agora, os investigadores buscam comprovar a exist�ncia do local, que seria uma sala na pr�pria prefeitura onde seriam acertados os repasses.

O empres�rio Rafael Alves � suspeito de ser o operador do esquema. Embora sem cargo na prefeitura, ele seria o respons�vel por tratar com as empresas e participaria de conversas para facilitar o pagamento a firmas com as quais o munic�pio tivesse d�vidas. O irm�o de Rafael, Marcelo Alves, foi presidente da Riotur, empresa de turismo da cidade. Marcelo tamb�m � investigado. Ambos j� tinham sido alvo de mandados judiciais em mar�o. Rafael � amigo de Crivella, com quem j� foi visto fazendo caminhadas no condom�nio em que moram, na Barra da Tijuca.

Al�m de Crivella e Rafael, o ex-senador Eduardo Lopes, o marqueteiro Marcello Faulhaber (que atualmente trabalha com Paes) e o ex-tesoureiro Mauro Macedo (que trabalhou na campanha do atual prefeito) tamb�m tiveram endere�os vasculhados pelos agentes.

Em v�deo divulgado por sua assessoria, Crivella disse que, na semana passada, colocou seus sigilos banc�rio, telef�nico e fiscal � disposi��o do MP. "Portanto, foi estranha a opera��o realizada hoje (ontem) na minha casa, considerando ainda que estamos em per�odo eleitoral", afirmou. "Considero essa a��o injustificada, j� que sequer existe den�ncia formal e eu n�o sou r�u nesta ou em qualquer outra a��o."

O prefeito disse ainda que "um mandado de busca e apreens�o precisa vir acompanhado da motiva��o", o que, segundo ele, n�o ocorreu. "Confesso que prefiro o Minist�rio P�blico voluntarioso, mesmo com alguns excessos, do que aquele omisso, que permitiu ocorrer no Rio de Janeiro, em gest�es passadas, o maior volume de corrup��o j� visto no mundo, que tantos preju�zos trouxeram e ainda trazem ao nosso povo. Uma conta amarga que tivemos que pagar de obras ol�mpicas superfaturadas."

As defesas dos outros citados n�o foram localizadas.

Logo ap�s a opera��o, ainda pela manh�, Crivella foi a uma formatura na Marinha, onde esteve com o presidente Jair Bolsonaro, de quem o prefeito busca se aproximar. Bolsonaro n�o deve apoiar abertamente nenhum candidato, mas tem feito acenos a Crivella, que � do mesmo partido que o senador Fl�vio Bolsonaro (RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (RJ), filhos do presidente.

Elei��o

A opera��o que atingiu Crivella embaralha ainda mais o cen�rio para a disputa de novembro no Rio, j� que o prefeito tenta vincular o nome de Paes a esc�ndalos de corrup��o - Paes foi filiado ao MDB e aliado do ex-governador S�rgio Cabral, condenado a 294 anos de pris�o na Lava Jato do Rio.

Essa nova investida do MP, por�m, pode custar a Crivella a aproxima��o que vinha costurando com o PSL, legenda tamb�m cobi�ada por Paes. H�, ainda, em meio a essas articula��es, a possibilidade de legendas de direita com quadros ligados ao bolsonarismo buscarem uma alternativa a Crivella, a fim de agradar ao eleitorado que apoia Bolsonaro, mas n�o quer embarcar no projeto do prefeito. O PSL, com o deputado Luiz Lima, o PSD, com o tamb�m deputado Hugo Leal, e o PTB, da ex-deputada Cristiane Brasil, t�m conversas nesse sentido.

Al�m do "QG da propina", o prefeito � investigado pelos "guardi�es do Crivella" - servidores da prefeitura que faziam "plant�es" em hospitais para impedir a popula��o de denunciar � imprensa as m�s condi��es da Sa�de municipal. H� apura��es nas esferas administrativa e criminal do MP.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)