O juiz Luiz Antonio Bonat, da 13� Vara Federal de Curitiba, condenou nesta quarta-feira, 16, os ex-executivos da empreiteira Queiroz Galv�o, Petr�nio Braz J�nior, Othon Zan�ide de Moraes Filho e Andr� Gustavo de Farias Pereira, e os executivos da Iesa �leo e G�s, Valdir Lima Carreiro e Otto Garrido Sparenberg, pelos crimes de corrup��o, lavagem de dinheiro, cartel, fraude � licita��o e organiza��o criminosa. Juntas, as penas somam mais de 70 anos de pris�o em regime fechado.
"A complexidade e quantidade dos crimes, bem como a extens�o temporal s�o circunst�ncias que provam a exist�ncia de um programa delitivo para a pr�tica de crimes indeterminados contra a Petrobras, com a finalidade de concretizar as decis�es do cartel e de locupletamento criminoso de todos os envolvidos.", diz um trecho da senten�a.
O grupo foi denunciado pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF), no �mbito da Opera��o Lava Jato, em setembro de 2016. A investiga��o apontou que, entre 2006 e 2013, a Queiroz Galv�o e a Iesa integraram um cartel composto por 16 grandes empresas do ramo de engenharia civil montado para fraudar concorr�ncia na Petrobras e dominar o mercado de montagem industrial da estatal mediante o pagamento de propinas a servidores lotados nas diretorias de abastecimento e servi�os.
Os ex-executivos foram acusados de pagar vantagens indevidas a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, a Renato Duque, ex-diretor de Servi�os, e a Pedro Barusco, ex-gerente Executivo. As propinas eram calculadas, segundo a Lava Jato, como uma "comiss�o de 2% sobre o valor de todos os contratos firmados entre as empresas e a estatal. No caso da Queiroz Galv�o, os repasses foram estimados em R$ 105 milh�es e US$ 12 milh�es e, da Iesa, em R$ 47 milh�es e US$ 2 milh�es.
Em contrapartida, os agentes p�blicos teriam direcionado licita��es em obras na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, e no Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj).
Parte dos valores oferecidos foi rastreada e, conforme apontou a investiga��o, seu pagamento foi dissimulado em doa��es eleitorais ao Partido Progressista e por meio de contratos fraudulentos firmados com empresas de fachada que simulavam a presta��o de servi�os.
Depois de lavar o dinheiro, os valores seriam distribu�dos por operadores financeiros aos diretores e funcion�rios da Petrobras que auxiliavam no esquema e a parlamentares dos partidos pol�ticos que sustentavam os diretores no cargo.
Pelos crimes, Petr�nio Braz J�nior, ex presidente da Queiroz Galv�o, foi condenado a 10 anos e nove meses de pris�o; Othon Zan�ide de Moraes Filho, ex-diretor da Queiroz Galv�o, a 23 anos e tr�s meses; Andr� Gustavo de Farias Pereira, ex-diretor da Queiroz Galv�o, a 10 anos e nove meses; Valdir Lima Carreiro, ex-presidente da Iesa, a 17 anos e dois meses de pris�o e Otto Garrido Sparenberg, ex-diretor da Iesa, a 10 anos e nove meses de pris�o.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO LEONARDO MARQUES, QUE DEFENDE ANDR� GUSTAVO DE FARIAS PEREIRA
O advogado Leonardo Augusto Marinho Marques, que representa Andr� Pereira, informou que parte dos argumentos apresentados nas alega��es finais foram acolhidos e que as discord�ncias em rela��o � a senten�a ser�o apresentadas em recurso judicial.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO M�RIO DE OLIVEIRA FILHO, QUE REPRESENTA OS EXECUTIVOS DA IESA
O advogado M�rio de Oliveira Filho, que defende Valdir Lima Carreiro e Otto Garrido Sparenberg, informou que vai interpor recurso de apela��o endere�ado ao TRF4.
COM A PALAVRA, AS DEMAIS DEFESAS
A reportagem busca contato com as demais defesas. O espa�o est� aberto para manifesta��es.
POL�TICA