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Estado de Minas POL�TICA

Ibope mostra Russomanno na frente na elei��o para prefeito de S�o Paulo

Por causa da margem de erro, Ibope considerou que Russomanno e Covas est�o empatados no limite da margem


20/09/2020 16:00 - atualizado 20/09/2020 16:26

Até recentemente, o deputado federal Russomanno apresentava o quadro Patrulha do Consumidor em dois programas da TV Record(foto: Douglas Gomes/Câmara dos Deputados)
At� recentemente, o deputado federal Russomanno apresentava o quadro Patrulha do Consumidor em dois programas da TV Record (foto: Douglas Gomes/C�mara dos Deputados)
O deputado federal e apresentador de televis�o Celso Russomanno, do partido Republicanos, lidera a primeira pesquisa Ibope feita ap�s a confirma��o da lista de candidatos � Prefeitura de S�o Paulo. Ele tem 24% das inten��es de voto, e � seguido pelo atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), com 18%. Em terceiro lugar, empatados tecnicamente, aparecem Guilherme Boulos (PSOL), com 8%, e Marcio Fran�a (PSB).

Como a margem de erro m�xima da pesquisa � de tr�s pontos porcentuais, o Ibope considerou que Russomanno e Covas est�o empatados no limite da margem - � como se o l�der, no pior dos cen�rios, estivesse com 21%, e o segundo colocado, na melhor das hip�teses, tamb�m chegasse a 21%. � extremamente improv�vel que esse empate de fato exista, por�m. Existe uma margem de erro diferente para cada porcentagem das inten��es de voto - como tanto Russomanno como Covas tiveram pontua��es relativamente baixas, a varia��o m�xima de suas taxas para mais ou para menos � inferior a tr�s pontos.

O PT, um dos principais protagonistas das elei��es paulistanas desde a redemocratiza��o do Pa�s, desta vez estreia na corrida eleitoral paulistana com significativa desvantagem em rela��o aos l�deres. O candidato do partido, Jilmar Tatto, tem apenas 1% das prefer�ncias, o mesmo que os "nanicos" Levy Fidelix (PRTB) e Vera Lucia (PSTU).

Eleitos para a C�mara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa em 2018, na onda do antipetismo, os ex-bolsonaristas, Joice Hasselmann (PSL) e Arthur do Val (do partido Patriota, que se apresenta como "Mam�e Falei") aparecem com apenas 2%.

O ex-tucano Andrea Matarazzo (PSD), que j� comandou a subprefeitura da S�, na regi�o central da capital, tem 1%, mesma taxa dos estreantes Marina Helou (Rede) e Filipe Sabar� (Novo).

Neste in�cio de campanha, h� sinais de que os paulistanos est�o menos interessados na elei��o. Na pesquisa espont�nea, aquela em que o entrevistado revela sua escolha antes mesmo de receber um disco de papel com os nomes dos candidatos, nada menos que 56% dos eleitores se declaram indecisos, e outros 22% afirmam que votar�o nulo ou em branco. H� quatro anos, na primeira pesquisa Ibope da campanha municipal de 2016, a taxa de indecisos em S�o Paulo, no levantamento espont�neo, era de 45% - tamb�m alta, mas onze pontos porcentuais inferior � atual.

Na chamada pesquisa estimulada, que registra a escolha do eleitor depois que ele l� a lista de candidatos, a taxa de indecisos � de 10% - mais que o dobro da registrada no in�cio da campanha de 2016.

O levantamento do Ibope, feito a pedido da Associa��o Comercial de S�o Paulo e em parceria com o Estad�o, mediu tamb�m as taxas de rejei��o aos candidatos, ao perguntar aos eleitores em quem eles n�o votariam de jeito nenhum. Nesse caso, Russomanno e Bruno Covas tamb�m aparecem como l�deres, mas em posi��es invertidas: o prefeito tem 30% e o deputado, 24%.

Os demais candidatos, que s�o menos conhecidos ou tiveram menor visibilidade em meios de comunica��o nos �ltimos meses, t�m taxas menores de rejei��o. No caso de Boulos, 13% afirmam que n�o votariam nele em nenhuma hip�tese. A possibilidade de voto em M�rcio Fran�a � descartada por 10%.

Diferen�as

Os dois principais concorrentes t�m perfis bem distintos de eleitorado. As taxas de inten��o de votos em Bruno Covas s�o maiores nos segmentos de renda mais alta da cidade. No caso de Russomanno, o apoio � maior entre os mais pobres. Ele chega a ter 31% das prefer�ncias entre os eleitores com renda familiar de at� um sal�rio m�nimo.

Na divis�o do eleitorado segundo outros crit�rios sociodemogr�ficos, o apresentador de TV tem melhor desempenho entre os mais jovens, os menos escolarizados e os que se declaram pretos ou pardos. O segmento em que ele colhe seu melhor resultado � o do eleitorado evang�lico, no qual chega a 34%, com vantagem de 20 pontos porcentuais sobre o segundo colocado, Covas.

At� recentemente, Russomanno apresentava o quadro Patrulha do Consumidor em dois programas da TV Record. Ele s� se afastou das telas no m�s passado, seguindo regras impostas pela legisla��o eleitoral. O deputado s� decidiu se candidatar ap�s o fracasso das negocia��es para que fosse vice de Covas. O prefeito pretendia ter Russomanno na chapa porque este poderia tirar parte de seus eleitorado.

Bruno Covas, que assumiu o cargo quando o tucano Jo�o Doria deixou a Prefeitura para disputar o governo de S�o Paulo, em 2018, tem 24% das inten��es de voto entre os eleitores com renda familiar superior a cinco sal�rios m�nimos, e apenas 17% entre os que ganham at� um sal�rio. O tucano tamb�m tem desempenho acima da m�dia entre os cat�licos (23%). A faixa do eleitorado mais idoso, com 55 anos ou mais, � a �nica em que ele est� � frente de Russomanno (25% a 18%).

Principal representante da esquerda na campanha, pelo menos at� o atual momento, Guilherme Boulos tem desempenho mais fraco nos segmentos de baixa renda. Na parcela que ganha at� um sal�rio m�nimo, ele tem apenas 2% das inten��es de voto. A taxa passa para 5% entre aqueles com renda entre um e dois sal�rios m�nimos, e salta para 17% entre os que ganham mais de cinco sal�rios. Na divis�o do eleitorado por escolaridade, o candidato do PSOL colhe os melhores resultados entre quem tem curso superior (15%). Entre os que chegaram at� o ensino fundamental, ele tem apenas 1%.

Respons�vel pela contrata��o da pesquisa, o presidente da Associa��o Comercial de S�o Paulo, Alfredo Cotait Neto, chamou a aten��o para o fato de que a soma das taxas de indecisos e dos que pretendem votar em branco ou nulo chega a um ter�o do total. "� um n�mero maior at� que o dos dois primeiros colocados na pesquisa", observou. "� importante que os mun�cipes de S�o Paulo prestem mais aten��o nas propostas dos candidatos, muitos deles desconhecidos do grande p�blico, para que os eleitores possam exercer sua cidadania com consci�ncia."

O Ibope ouviu 1.001 paulistanos entre os dias 15 e 17 de setembro. Foi a primeira pesquisa eleitoral com entrevistas presenciais desde o in�cio da pandemia de covid-19.


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