O Minist�rio P�blico Federal no Rio apresentou nesta ter�a-feira, 22, uma representa��o � Procuradoria-Geral da Rep�blica em que aponta ind�cios de crime de desobedi�ncia por parte do senador Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O parlamentar n�o compareceu nesta segunda-feira, 21, � acarea��o com o empres�rio Paulo Marinho, que o acusa de ter recebido informa��es vazadas sobre a opera��o Furna da On�a.
No documento, o procurador Eduardo Benones, que comanda a investiga��o aberta com base nas afirma��es de Marinho � Folha de S. Paulo, pede que o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, se manifeste sobre a poss�vel pr�tica do crime de desobedi�ncia. A defesa de Fl�vio alegou que, por ser senador, ele tem direito a escolher a data e o local da acarea��o - e sugeriu que ela seja feita no dia 5 de outubro, em Bras�lia.
Benones, contudo, afirma � PGR que, por ser testemunha e n�o investigado nesse caso, Fl�vio devia ter comparecido ao encontro, para o qual foi convocado com anteced�ncia, "sendo certo que ningu�m pode se eximir da obriga��o legal a todos imposta de colaborar com as investiga��es criminais e processos judiciais na condi��o de testemunha."
O procurador tamb�m criticou o que considera um desrespeito institucional por parte do senador, que "convidou" o MPF a comparecer a seu gabinete em Bras�lia. "Desrespeito institucional, sim, tendo em vista que se trata de um ato oficial, realizado e presidido pelo Minist�rio P�blico Federal enquanto autoridade constitu�da e, no bojo de procedimento investigat�rio criminal, regularmente instaurado e conduzido", escreve.
Apesar de Fl�vio n�o ter sido alvo da Furna da On�a, que atingiu deputados envolvidos em esquemas do ex-governador S�rgio Cabral (MDB), foi no �mbito dela que surgiu o relat�rio de intelig�ncia financeira que identificou movimenta��es at�picas na conta de Fabr�cio Queiroz, ex-assessor do ent�o deputado estadual. A partir de ent�o, o Minist�rio P�blico do Rio abriu a investiga��o contra ele - que est� prestes a se converter em den�ncia.
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