O governador afastado do Rio Wilson Witzel (PSC) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconsidere sua decis�o que manteve a comiss�o especial do impeachment na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O recurso foi apresentado um dia antes da Casa aprovar, por unanimidade, o prosseguimento do processo que pode tir�-lo definitivamente do cargo.
No pedido, a defesa de Witzel pede ao ministro que reveja sua decis�o que revogou liminar deferida pelo ministro Dias Toffoli e retomou a comiss�o especial do impeachment. Em julho, o ent�o presidente da Corte havia dissolvido o colegiado, travando o andamento do processo - ap�s a decis�o de Moraes, o impeachment voltou a correr na Alerj.
Caso Moraes decida n�o reavaliar sua decis�o, Witzel pede que o recurso seja votado pela Primeira Turma da Corte. N�o h� data para o ministro decidir sobre o caso, e tampouco o colegiado do Supremo.
Nesta quarta, 23, a Alerj aprovou por 69 votos a zero o prosseguimento do impeachment contra Witzel por crime de responsabilidade. O governador j� est� afastado, mas por decis�o do Superior Tribunal Justi�a no �mbito das investiga��es sobre desvios em contratos p�blicos do Estado. Witzel foi denunciado duas vezes pela Procuradoria-Geral da Rep�blica por corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa.
O pr�ximo passo do processo de impeachment � a forma��o de um Tribunal Especial Misto, composto por cinco desembargadores sorteados no Tribunal de Justi�a do Rio e cinco deputados. Cabe ao �rg�o votar pelo recebimento da den�ncia e, por fim, a condena��o ou absolvi��o no caso. Se sete dos dez votos forem contra Witzel, o governador perde o cargo definitivamente.
Em discurso antes da vota��o na Alerj, Witzel se defendeu das acusa��es de que teria tomado parte em suposto esquema de desvio de verbas p�blicas junto de empres�rios como M�rio Peixoto, preso na Lava Jato, e o presidente do PSC, Pastor Everaldo.
"O que tem acontecido � algo absolutamente injusto, n�o tive o direito de falar nem na Assembleia e nem nos tribunais. Estou sendo linchado politicamente, sem direito de defesa", afirmou.
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