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Estado de Minas POL�TICA

Ex-presidente da Fecom�rcio do Rio contratou Wassef para monitorar ex-mulher


26/09/2020 11:00

Na den�ncia por peculato e lavagem de dinheiro apresentada nesta sexta-feira, 25, contra o advogado Frederick Wassef, ex-defensor da fam�lia Bolsonaro, a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato afirma que ele foi contratado e pago com dinheiro desviado do Sistema S fluminense para monitorar a ex-mulher do ent�o presidente da Federa��o do Com�rcio do Rio, Orlando Diniz.

Os pagamentos, segundo a den�ncia, usaram um escrit�rio de advocacia interposto para n�o chamar aten��o ao contrato. Oficialmente, foi usada como justificativa a presta��o de assessoria jur�dica em sindic�ncias administrativas para apurar vazamentos de informa��es. Mas, segundo a Lava Jato, o verdadeiro objeto dos servi�os foi o monitoramento pessoal de Daniele Para�so que, al�m de funcion�ria do Senac, era rec�m-separada de Orlando Diniz.

"(Daniele) havia rec�m se separado dele, pessoa a quem o colaborador (Orlando Diniz) imputava a pecha de persegui-lo, raz�o pela qual ele desejava responsabilizar por suspeitas de vazamentos", sustenta a den�ncia.

Em depoimento, o empres�rio Ivan Guimar�es, pessoa pr�xima de Orlando Diniz, descreveu o ex-presidente da Fecom�rcio como algu�m que imaginava conspira��es e tinha uma �fixa��o muito grande na hist�ria da ex-mulher dele, Daniele�.

"A real inten��o de Orlando Diniz ao firmar contratos com a empresa Corseque e com o escrit�rio de Luiza Eluf era criminalizar condutas pessoais de Daniele Para�so, algumas das quais sequer relacionadas a sua condi��o de funcion�ria do Sistema S (como, por exemplo, as relativas a guarda da filha comum do casal), e, para tanto, ele tamb�m contratou Frederick Wassef para defend�-lo - frise-se, defender Orlando - em processos criminais que desejava instaurar contra sua ex-esposa e demais funcion�rios que o colaborador "imaginava estar conspirando contra ele"", afirma a Lava Jato.

Ainda segundo Guimar�es, Wassef foi contratado em raz�o do �talento incr�vel para lidar com escriv�es de pol�cia�.

Den�ncia

Al�m de Wassef, a Lava Jato do Rio apresentou den�ncia contra a s�cia dele, Marcia Zampiron, o empres�rio Marcelo Cazzo, a advogada Luiza Nagib Eluf e Orlando Diniz. Eles s�o acusados por peculato e lavagem de R$ 4,6 milh�es supostamente desviados das se��es fluminenses do Servi�o Social do Com�rcio (Sesc), do Servi�o Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e da Fecom�rcio.

A den�ncia foi apresentada no �mbito da Opera��o E$quema S, deflagrada no in�cio do m�s para investigar suspeitas de irregularidades na rela��o entre escrit�rios de advocacia e o Sistema S do Rio. Na ocasi�o, o juiz Marcelo Bretas, da 7� Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, colocou 26 pessoas no banco dos r�us por suposta participa��o no mesmo esquema, sendo 23 advogados.

Com a palavra, o advogado Frederick Wassef

"Est�o criminalizando a advocacia no Brasil. Eu n�o tenho e nunca tive qualquer rela��o comercial com a FECOMERCIO, n�o fui contratado por eles, n�o recebi um �nico centavo desta entidade e jamais negociei com eles.

Fui contratado e prestei servi�os advocat�cios a um renomado escrit�rio de advocacia criminal de S�o Paulo, em que a dona � uma famosa procuradora do Minist�rio P�blico de S�o Paulo, conhecida por ter dedicado toda sua vida e carreira a institui��o Minist�rio P�blico e o combate ao crime, tratando-se de pessoa p�blica, �ntegra, proba e de idoneidade inquestion�vel.

Os servi�os advocat�cios foram devidamente prestados, os honor�rios foram declarados � receita federal e os impostos pagos.

Ap�s dois anos de investiga��o da FECOMERCIO, jamais fui intimado ou convocado por qualquer autoridade a prestar qualquer esclarecimento. Desde o in�cio da referida opera��o "esquema" n�o fui investigado e ao final n�o fui denunciado, pois sempre souberam que jamais participei de qualquer esquema.

Estranhamente ap�s a den�ncia de todos os advogados citados na referida opera��o sofri uma busca e apreens�o em que nada foi apreendido por n�o terem encontrado qualquer irregularidade e mais estranhamente ainda resolveram oferecer uma den�ncia rel�mpago, isolada, baseada em absolutamente nada contra minha pessoa.

A den�ncia do Minist�rio P�blico Federal � inepta e n�o descreve qualquer conduta praticada por mim ou mesmo qualquer crime, tendo se limitado a narrar simplesmente pagamentos de honor�rios advocat�cios por servi�os devidamente prestados, inovando no Brasil, transformando o regular exerc�cio da advocacia em crime, de forma irrespons�vel e sem medir as consequ�ncias de dano de imagem e reputa��o a minha pessoa.

Nunca em minha vida respondi a qualquer processo ou fui investigado, sempre tive um nome limpo e sequer em 28 anos de advocacia tive uma �nica representa��o em meu desfavor perante a Ordem dos Advogados do Brasil."

Defesa de Luiza Eluf

"A advogada Luiza Eluf recebeu com absoluta perplexidade a not�cia do oferecimento da den�ncia. Ela sempre trabalhou de forma correta e transparente, com atua��o r�gida nos termos da Lei. Repentinamente, � surpreendida com uma persegui��o desvinculada da realidade. A defesa j� havia feito contato com o Minist�rio P�blico Federal e solicitado que ela fosse ouvida presencialmente e aguardava que a data fosse marcada.

As advogadas Izabella Borges e Ma�ra Fernandes, que defendem Luiza Eluf, acreditam que a Justi�a do espet�culo pode causar infinitos danos ao pa�s! Luiza Eluf refor�a que n�o praticou crime algum, que o servi�o foi prestado conforme contrato, as notas emitidas, os tributos recolhidos, e sua inoc�ncia ser� comprovada."

Defesa de Marcelo Cazzo

"A den�ncia � absolutamente descabida. A defesa enfatiza que Marcelo Cazzo sempre esteve � disposi��o das autoridades para prestar esclarecimentos, jamais praticou qualquer ilegalidade e far� prova da sua inoc�ncia durante a tramita��o do processo."

A reportagem busca contato com a defesa da advogada M�rcia Zampiron. O espa�o est� aberto para manifesta��es.


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