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Estado de Minas POL�TICA

Em campanha, candidatos em SP adaptam agendas, mas n�o evitam aglomera��es


27/09/2020 19:03

As limita��es impostas pela pandemia do novo coronav�rus obrigaram os candidatos � Prefeitura de S�o Paulo a adaptarem suas campanhas no primeiro dia da disputa eleitoral. A maioria dos candidatos n�o deixou de ir para as ruas, mas o tradicional corpo a corpo foi substitu�do por atividades com menos pessoas, tentativas de manter o distanciamento m�nimo, ou carreatas. Ainda assim, foram registradas aglomera��es. Para tentar compensar, as campanhas utilizaram as lives e divulga��o via redes sociais.

L�der na corrida eleitoral segundo pesquisa Ibope divulgada no domingo passado pelo Estad�o, o deputado Celso Russomanno (Republicanos) passou o dia reunido com assessores, sem agenda.

Candidato � reelei��o, o prefeito Bruno Covas (PSDB), que aparece em segundo na pesquisa de inten��es de voto, fez o lan�amento de sua campanha num webin�rio fechado para militantes do PSDB. "Com essa tecnologia, estivemos com mais pessoas do que em qualquer caminhada. Vamos utilizar a tecnologia com intelig�ncia para falar com mais pessoas. No momento apropriado faremos corpo a corpo tamb�m", afirmou o prefeito. Mais cedo, Covas assistiu a uma missa na igreja Nossa Senhora da Concei��o, no bairro Vila Suzana, na zona sul.

Guilherme Boulos, do PSOL, optou por abrir a campanha com uma caminhada em S�o Mateus, zona leste, onde inaugurou seu primeiro comit� de campanha. Apesar dos pedidos no carro de som para que o distanciamento fosse mantido, houve aglomera��o de centenas de apoiadores, al�m de dirigentes partid�rios e candidatos a vereador.

"Aqui imagino que voc�s n�o tenham visto ningu�m sem m�scara. No carro de som fizemos um esfor�o de pedir distanciamento, mas nem sempre � poss�vel", disse Boulos. A candidata a vice, Luiza Erundina, que est� no grupo de risco da covid-19 por ter 85 anos, ficou em casa e participou do lan�amento da candidatura por telefone. Em suas redes, o candidato postou fotos e v�deos do evento.

Boulos refor�ou o compromisso com a periferia, destacou o fato de ser o candidato mais bem colocado no campo da esquerda e fez duras cr�ticas ao presidente Jair Bolsonaro e ao governador Jo�o Doria (PSDB). "No nosso governo a periferia vai ser o centro. N�o estamos aqui apenas para ganhar a elei��o. Estamos aqui numa miss�o. O in�cio da derrota de Jair Bolsonaro � aqui. Nossa batalha � em dose dupla. Al�m do Bolsonaro, temos o Bolsodoria", disse o candidato.

M�rcio Fran�a (PSB) abriu a campanha de rua na Pra�a Charles Miller, em frente ao est�dio do Pacaembu, pela manh�, participando de um "adesiva�o". Apesar de integrantes da campanha, no carro de som, orientarem os militantes para ficarem apelo menos um metro de dist�ncia uns dos outros, houve aglomera��o, abra�os e cumprimentos. O candidato apresentou os slogans de sua campanha e aliados atacaram o governador Jo�o Doria (PSDB) por n�o ter conclu�do o mandato de prefeito. Eles "reciclaram" um antigo bord�o da campanha do tucano em 2016, dizendo que S�o Paulo precisa de um "gestor".

Arthur do Val (Patriota) tamb�m iniciou sua campanha no est�dio do Pacaembu. Enquanto Fran�a colava adesivos nos carros, o candidato do MBL fez uma carreata pelo bairro - uma forma de minimizar riscos de transmiss�o do v�rus. Ainda assim, houve aglomera��o na concentra��o da carreata.

Uma das principais sa�das encontradas pelos candidatos no primeiro dia de campanhas foram as lives. O recurso foi bastante utilizado mesmo em eventos de corpo a corpo, como no Pacaembu, em que Fran�a e Arthur eram constantemente "puxados" para entrar ao vivo na transmiss�o que era realizada por candidatos a vereador e apoiadores. Al�m disso, os dois tamb�m entraram ao vivo de suas redes.

Para evitar aglomera��es, o PT decidiu abrir a campanha de Jilmar Tatto com 37 carreatas pela cidade. O partido imp�s um limite de duas pessoas por carro.

O candidato tamb�m optou por dar o primeiro passo em S�o Mateus. Por volta das 11h, a carreata do petista quase cruzou com a caminhada de Boulos na Avenida Mateo Bei. Enquanto os petistas passavam pela avenida acenando bandeiras de dentro dos carros, apoiadores de Boulos de concentravam poucos metros � frente, numa travessa. Os dois grupos se trataram de forma respeitosa.

Depois da carreata Tatto deu uma entrevista na frente do CEU Alto Alegre. O lugar foi escolhido por simbolizar o legado petista na cidade. Um dos temas da campanha � mostrar que direitos obtidos pela popula��o durante os governos petistas foram retirados ou reduzidos na gest�o Doria/Covas. O padre Reginaldo Miranda, da par�quia Sant�ssima trindade, na zona leste, aben�oou o candidato. "Precisamos de b�n��os, precisamos de sorte, porque milit�ncia a gente tem. E tem o (Fernando) Haddad e o Lulinha (o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva)", disse Tatto.

Joice Hasselmann (PSL) juntou na noite de s�bado, 26, segundo a sua campanha, mais de mil pessoas num galp�o na zona leste de S�o Paulo. Depois da meia-noite, o que come�ou como uma reuni�o de sua equipe se tornou o lan�amento oficial de sua candidatura. A campanha informou que a lota��o do galp�o seguiu as orienta��es sanit�rias contra a dissemina��o do coronav�rus. Fotos divulgadas em redes sociais, no entanto, mostram a candidata abra�ada com apoiadores. Todos sem m�scara.

O candidato Andrea Matarazzo, do PSD, visitou a F�brica da Cultura do Ja�an�, idealizada por ele quando era secret�rio estadual de Cultura. Matarazzo aproveitou a visita ao bairro para apontar a regulariza��o fundi�ria como prioridade. "Aqui nesta regi�o vemos que n�o tem saneamento, tratamento de esgoto. A urbaniza��o de favelas traz o saneamento, que ajuda na sa�de, reduzindo a mortalidade infantil; traz trabalho, seguran�a, educa��o e cidadania para as pessoas. Melhora a qualidade de vida de todo mundo", afirmou.

Levy Fidelix (PRTB) abriu a campanha num encontro com militantes bolsonaristas no Ibirapuera e participou de transmiss�es ao vivo de apoiadores. Em seu discurso, afirmou que � o �nico representante da direita na elei��o e p�s o PRTB � disposi��o para futuramente "marchar ao lado" do Alian�a Pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta criar.

Orlando Silva (PC do B), fez uma caminhada ao lado de alguns apoiadores na Vila Cl�max, tamb�m na zona leste. "Quero ser o prefeito preto popular da quebrada para governar S�o Paulo", disse ele.

Marina Helou (Rede) tamb�m iniciou a campanha na periferia. Ela fez uma caminhada na Vila Brasil�ndia, zona norte. "Vamos descentralizar o poder e construir juntos a solu��o para sairmos da mesmice", disse ela.


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