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Estado de Minas POL�TICA

Pol�cia investiga a��o do PCC nas elei��es em SP


27/10/2020 12:00

A Pol�cia Civil de S�o Paulo investiga a poss�vel atua��o do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas elei��es municipais. No alvo dos investigadores est� a possibilidade de a fac��o usar seu poder para impedir que candidatos possam fazer campanha em comunidades dominadas por criminosos no Estado. O Estad�o apurou que h� relatos de amea�as nas regi�es de Campinas e da Baixada Santista.

O inqu�rito sobre o caso foi aberto pelo Departamento Estadual de Investiga��es Criminais (Deic). A investiga��o, segundo o delegado Ismael Lopes Rodrigues Junior, diretor do Deic, est� a cargo da 4.� Delegacia de Investiga��es Gerais. A pol�cia, de acordo com o delegado, ainda n�o conseguiu avan�ar na apura��o da den�ncia. O Deic � o departamento da Pol�cia Civil paulista respons�vel pelo combate � fac��o criminosa e tem atua��o em todo o Estado.

H� cerca de 20 dias, a dire��o da pol�cia na Baixada Santista foi procurada por pol�ticos ligados ao PSDB que estavam preocupados com relatos de cabos eleitorais envolvendo amea�as durante a distribui��o de material de campanha em comunidades da cidade. A preocupa��o principal inclu�a os candidatos de Praia Grande e de Santos do PSDB, partido que governa os dois munic�pios e o Estado. Tanto o comando da Pol�cia Civil quando o da PM na Baixada pediram � campanha de Raquel Chini (PSDB), na Praia Grande, que encaminhasse testemunhas sobre as amea�as.

"Orientamos as campanhas a nos procurar. Garantimos o sigilo da apura��o, mas at� agora n�o recebemos ningu�m", afirmou o delegado Manoel Gatto Neto, diretor do Departamento de Pol�cia Judici�ria do Interior-6 (Deinter-6), respons�vel pela Baixada Santista. O medo em formalizar a den�ncia - os cabos eleitorais moram nas comunidades ou perto de onde ocorreram as amea�as - seria um dos motivos para a aus�ncia de den�ncias formais.

Por enquanto, a intelig�ncia da pol�cia n�o detectou nenhum texto que tenha sa�do da Penitenci�ria 2 de Presidente Venceslau com ordem da c�pula da fac��o para intervir no processo eleitoral. Mas n�o descarta que bandidos tenham iniciativas locais de acordo com seus interesses, como em Aruj�, na Grande S�o Paulo, onde o megatraficante de drogas Anderson Lacerda Pereira, o Gordo, financiara a campanha da chapa vencedora em 2016 para depois se apoderar dos servi�os da cidade.

Vigil�ncia

"O que interessa � fac��o n�o � come�ar uma guerra, mas obter lucro", afirmou o delegado Gatto Neto. Em raz�o da preocupa��o das candidaturas na regi�o, o diretor do Deinter- 6 determinou que os homens descaracterizados da intelig�ncia policial acompanhassem as a��es de campanha dos candidatos da cidade. Por meio de fotografias e filmagens, carreatas e a��es em comunidades de Santos foram vigiadas pelos agentes para garantir a seguran�a dos candidatos e dos cabos eleitorais. Centenas de fotos j� foram feitas pelos policiais.

Na sexta-feira, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), conversou com o chefe da Pol�cia Civil na regi�o e disse que n�o havia registrado, por enquanto, nenhum incidente durante a campanha do candidato de seu partido � sua sucess�o, Rog�rio Santos (PSDB). De acordo com o delegado, a pol�cia p�s � disposi��o o disque-den�ncia (181) para receber informa��es caso os cabos eleitorais n�o se sintam � vontade para procurar as delegacias.

"Aparentemente, esse problema n�o deve ter nenhum impacto no resultado das elei��es. Nenhum candidato ter� seu direito de fazer campanha cerceado por bandidos aqui na Baixada Santista", afirmou o delegado. Al�m de Santos, a pol�cia na regi�o de Campinas tamb�m recebeu den�ncias sobre a��es de criminosos nas elei��es.

Campinas

Segundo o delegado Nestor Penteado Sampaio Filho, titular da 1.� Delegacia Seccional de Campinas, as den�ncias que chegaram � pol�cia informavam sobre a intimida��o de l�deres comunit�rios e candidatos a vereador e a prefeito da cidade de mais de um partido em diversos bairro da periferia. "Vamos come�ar a acompanhar os atos de campanha", disse.

Entre os casos relatados � pol�cia est� o de uma candidata a vereador na cidade que foi avisada por meio de um �udio recebido pelo WhatsApp para n�o entrar em um bairro em que pretendia fazer campanha.

A maioria das amea�as relatadas � pol�cia foi feita por meio de �udio. Uma das hip�teses apuradas pela pol�cia � de que criminosos da fac��o tenham sido contratados por candidatos para amea�ar seus advers�rios.

Vereadores

A Coordenadoria-Geral de Pol�cia de Repress�o a Drogas e Fac��es Criminosas da Pol�cia Federal (PF) est� investigando o uso do dinheiro do crime organizado no financiamento de candidaturas a vereador em todo o Pa�s. A informa��o � do coordenador-geral do �rg�o, delegado Elvis Secco.

"J� na Opera��o Ferrari, em 2013, (ela detectou R$ 100 milh�es lavados pela fac��o), j� t�nhamos vereadores em cidades pequenas financiados pela fac��o. Sete anos depois, isso cresceu. A partir de agora vamos catalogar os vereadores eleitos com liga��o com o tr�fico", afirmou o delegado.

De acordo com o delegado, o Primeiro Comando da Capital (PCC) j� est� infiltrado na pol�tica. O caso de Aruj�, onde o megatraficante Anderson Lacerda Pereira, o Gordo, agiria n�o � o �nico. "Temos outras investiga��es", contou Secco.

Segundo ele, o caminho de entrada da fac��o na pol�tica - al�m de patrocinar candidaturas - seria uma forma de ganhar dinheiro com fraudes em contratos p�blicos, a exemplo do que acontecera nas coleta de lixo em Aruj� e na Sa�de do munic�pio da Grande S�o Paulo.

O esquema envolveria as organiza��es sociais abertas por criminosos como uma esp�cie de empresas de gaveta para serem usadas pelos bandidos no momento de fechar um contrato com os munic�pios. "As OSs s�o abertas por integrantes da fac��o para fraudar contratos com prefeituras pelo Pa�s."

De acordo com o delegado, s� na Opera��o Ferrari havia 70 empresas de fachada utilizadas pela organiza��o criminosa. "Com o tempo, a fac��o passou a usar o mesmo esquema de empresas de gaveta para lavar o dinheiro assim como foi feito na Lava Jato", afirmou.

Segundo ele, doleiros que antes atuavam para lavar dinheiro da corrup��o est�o lavando do tr�fico. "O PCC est� com muito dinheiro. Eles s�o a elite do crime hoje no Pa�s", afirmou o delegado. Gordo continua foragido. Sua defesa nega os crimes. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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