(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

'Gripen brasileiro' pode influenciar outros pa�ses, diz presidente da Saab


27/10/2020 13:10

O presidente e CEO da empresa sueca Saab, Micael Johansson, aposta na parceria com o governo Jair Bolsonaro para abrir mercados aos jatos F-39E, o Gripen, principal projeto estrat�gico da For�a A�rea Brasileira (FAB). Em entrevista ao Estad�o, o executivo afirma que o Brasil pode ajudar a convencer governos como a Col�mbia a comprar o "jato muito f�cil de pilotar", como ele define. Johansson diz que a expans�o favorecer� a ind�stria de Defesa nacional.

A aeronave de origem sueca est� sendo desenvolvida e melhorada em parceria com a Aeron�utica e empresas nacionais. Dos 36 comprados pelo governo, o primeiro foi apresentado na sexta-feira passada em cerim�nia em Bras�lia. Na entrevista, Johansson evita criticar a pol�tica ambiental brasileira, um tema caro � sociedade sueca. Ele diz ser favor�vel � "globaliza��o e ao mercado aberto".

Qual a principal contribui��o brasileira ao projeto Gripen?

O Brasil foi um cliente que fez requisitos adicionais ao produto final. A ind�stria no Brasil criou coisas. O Brasil adicionou muito valor ao sistema, como as telas (tela panor�mica, monitor no capacete, visor frontal) que estar�o em todos os ca�as Gripen ao redor do mundo. A ind�stria brasileira � parte da cadeia de suprimentos.

Um de seus objetivos como presidente e CEO da Saab � aumentar os neg�cios com outros pa�ses. Como esse projeto no Brasil participa do plano?

Somos uma companhia de um pa�s distante no Norte, n�o temos uma popula��o t�o grande. Para crescer e depois desenvolver nossa companhia, temos que nos tornar multidom�sticos. O Brasil � definitivamente um dos pa�ses em que concentro energias com parcerias locais, para crescer nossa presen�a no Pa�s, o que � ganha-ganha, para n�s e para a ind�stria brasileira. E para o hub de Defesa brasileiro no mercado internacional, criando exporta��es do Brasil para pa�ses estrangeiros. Isso encaixa muito bem na nossa estrat�gia como empresa.

O Gripen brasileiro poderia servir � For�a A�rea de outros pa�ses?

Eu li que a Col�mbia poderia compr�-los. E a �ndia tamb�m estaria interessada. Definitivamente. O sistema b�sico � muito sofisticado e nossos clientes pedem algumas adapta��es, bem f�ceis de fazer no Gripen. N�s fizemos uma oferta � Col�mbia e somos competitivos. O suporte do Brasil, da FAB e da Copac (Comiss�o do Programa da Aeronave de Combate) ser� extremamente importante.

Como o governo brasileiro pode ajudar?

Contando aos pol�ticos colombianos e usu�rios sobre esse projeto que fazemos no Brasil, sobre o que � e como vem dando certo. O Brasil entraria no mercado latino-americano e poderia oferecer suporte � Col�mbia. O que � muito melhor do que n�s darmos apoio da Su�cia, que � muito mais distante. Obviamente, a ajuda do Brasil teria um papel decisivo para vencer na Col�mbia.

E quais outros pa�ses?

Temos outras campanhas em andamento. Na Am�rica Latina, com tempo, talvez haja interesse no Chile e no Peru. Mas o pa�s que est� conversando, com processo acontecendo agora, e espero que decidam ainda neste ano, � a Col�mbia. E temos que trabalhar do Brasil. Temos outras frentes, como �ndia, Canad� e Finl�ndia. Temos ainda um bom mercado l� fora.

O Brasil enfrenta uma recess�o, alta de desemprego. O senhor enxerga problemas or�ament�rios ao projeto Gripen no futuro?

Eu n�o sei. Estamos tendo conversas muito positivas com a FAB e a Copac. Eu respeito esses efeitos na economia. O Brasil � uma economia grande, com uma popula��o grande e muitas iniciativas. Eu entendo que a economia � importante. Eu n�o sei quando mais jatos poder�o ser encomendados. N�s teremos que acompanhar a economia brasileira e explicar o que podemos oferecer com o melhor pre�o. Alguns aspectos-chave do nosso Gripen s�o: um custo razo�vel, boa tecnologia, transfer�ncia de tecnologia e uma capacidade fant�stica. � um bom mix.

O conselheiro de seguran�a do presidente, ministro Augusto Heleno, do GSI, disse durante uma entrevista que o Brasil poderia retaliar por causa de boicotes a produtos brasileiros provocados pelas quest�es ambientais. Ele disse: "Voc� j� comprou algo sueco alguma vez? Eu n�o me lembro de ter nenhum produto em casa". Isso afeta os neg�cios?

Eu acredito na globaliza��o, no livre com�rcio. Acho que n�o se deve usar isso quando se entra em discuss�es pol�ticas. N�o tenho uma vis�o sobre isso. N�o cabe a mim, eu n�o discuto essas quest�es com pol�ticos suecos.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)