
Bras�lia - Professor da Escola de Humanidades da Pontif�cia Universidade Cat�lica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Augusto de Oliveira tamb�m entende que “a din�mica nacional pode n�o ser t�o impactante nas urnas municipais”, j� que as estrat�gias dos candidatos podem variar. “Para alguns, pode ser vantajoso se associar ao presidente, outros n�o veem esse movimento como algo positivo”, explica. Oliveira analisa tamb�m a poss�vel rela��o com o perfil dos eleitores nas capitais. “O eleitor que aumentou a popularidade e o apoio do Bolsonaro, aparentemente, n�o est� nas capitais. Ent�o, � preciso entender esse movimento. Ser� que nesse perfil de cidad�o que mora na capital, mais urbano, mais escolarizado e com renda um pouco superior, � o perfil que votou no presidente no primeiro turno, mas que mostrou redu��o em sua popularidade no seu munic�pio? Isso � um fato a ser levado em considera��o”, observa. Em S�o Paulo, por exemplo, candidatura de Celso Russomanno parece n�o cresce com apoio de Bolsonaro.
O professor Marcelo Peregrino, doutor em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tamb�m avalia um movimento dos candidatos em evitar se associar a partidos. “As pessoas est�o se escondendo de seus partidos. Tenho observado isso em Florian�polis, evitando usar vermelho para n�o serem relacionadas a tais partidos... o que leva a uma certa tentativa de ‘candidatura independente e avulsa’ que, talvez, seja um problema no pa�s. No Brasil n�s temos candidatos independentes demais e partidos de menos. Isso leva ao personalismo sob as propostas partid�rias”, observa.
FAVORITOS
Ele afirma que rostos conhecidos s�o os favoritos. “Acho dif�cil que tenhamos novas personalidades. A renova��o este ano ser� m�nima, teremos pessoas j� conhecidas concorrendo a novos cargos, como � o caso da Manuela (d’�vila, do PCdoB) em Porto Alegre”, opina. Segundo o professor, o mesmo movimento acontece em Florian�polis, com o prefeito Gean Loureiro (DEM), que busca a reelei��o e est� em primeiro nas pesquisas.
O professor Augusto de Oliveira tamb�m relaciona o favoritismo de Manuela, em primeiro lugar nas pesquisas, ao mesmo movimento, pois ela j� � conhecida do eleitor. A candidata, para o professor, � vista como “meio termo”, porque apesar de ter um vi�s de esquerda, j� disputou elei��es contra o PT.