Candidata do PDT � Prefeitura do Rio de Janeiro, a deputada estadual Martha Rocha, diz que a gest�o do ex-prefeito, apoiada por seu partido, deixou rombo de R$ 320 milh�es. Confira abaixo a entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo.
Qual deve ser a prioridade da prefeitura na pandemia? Como lidar, por exemplo, com a quest�o das escolas?
Quem acompanhou a minha atua��o como deputada durante a pandemia deve ter ouvido v�rias vezes eu repetir que o gestor tem que acompanhar a ci�ncia. N�o tem achismo nessa solu��o. Entendo que teremos que, no dia 1� de janeiro, ter um plano de retomada das aulas para quando a ci�ncia assim permitir.
Como seria a rela��o da senhora, se prefeita, com o presidente Jair Bolsonaro?
Minha rela��o � sempre republicana. Tenho muitas cr�ticas ao governo Bolsonaro, isso � �bvio. Mas o carioca pode contar com uma prefeita que vai lembrar �s autoridades a import�ncia do Rio em suas vidas. Manterei o di�logo e defenderei que o Rio seja respeitado pela sua import�ncia.
A senhora focou em criticar Eduardo Paes no debate da Band, mas o PDT apoiou o ent�o prefeito e o MDB, partido ao qual ele pertencia, em mais de uma elei��o. Como acreditar que a sua candidatura � de fato diferente daquele projeto de cidade?
� preciso que se diga como o Eduardo deixou o caixa da prefeitura. Ele recebeu, na cidade, seis grandes eventos, dois deles com investimento de toda natureza: p�blico e privado. Foi, como eu gosto de dizer, um "Rio" de dinheiro. Mas, apesar de tudo isso, ele contraiu d�vidas para a prefeitura e deixou a cidade com um rombo de R$ 320 milh�es. Ent�o essa gest�o tamb�m apresenta equ�vocos, n�o � apenas a gest�o do atual prefeito. Naquele momento, o PDT apoiou o Eduardo Paes, mas acho que o partido hoje � a via diferenciada que existe entre o atual e o ex-prefeito. Somos uma via vi�vel para conduzir a cidade.
A senhora defende o fim da administra��o de hospitais por meio de organiza��es sociais (OSs)?
N�o posso dizer que toda organiza��o social � corrupta, mas posso dizer que onde tem um ato de corrup��o eu encontro uma organiza��o social. Hoje a OS � um retrato da m� qualidade do atendimento, da m� gest�o e da corrup��o. O instituto Iabas, que � o mesmo dos hospitais de campanha do Estado (ponto central das investiga��es contra Witzel), esteve nos dois �ltimos governos municipais, recebeu R$ 4 bilh�es e nunca prestou contas desse dinheiro. Eu defendo a transi��o.
Como seria a transi��o?
Voc� n�o pode sair cortando as OSs, mas eu defendo uma transi��o. Para esse momento, vamos estabelecer um comit� de monitoramento ligado ao gabinete da prefeita, que vai monitorar gastos e a qualidade no atendimento. E n�s temos o interesse de fazer uma central �nica de compras, que vai baratear as aquisi��es. E tamb�m dar transpar�ncia: nosso desejo � fazer o que se chama de governo aberto, ou seja, que o cidad�o, o pesquisador, o jornalista, possa identificar com o que a prefeitura est� investindo, quem est� contratando, qual o retorno.
Por que fracassou a uni�o dos partidos de esquerda? � poss�vel no segundo turno?
Eu n�o quero mais falar sobre isso, juro que n�o. Acho que n�s temos hoje v�rias campanhas individuais, campanhas progressistas, e l� na frente, havendo segundo turno com a presen�a de uma dessas campanhas, nossos ideais ser�o maiores que nossa dificuldade de se organizar.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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