Em reuni�o com integrantes do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do PT nesta sexta-feira, 6, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva pediu � dire��o do partido que oriente os candidatos petistas a aproveitar a �ltima semana da campanha municipal para atacar os advers�rios ligados ao governo federal e apontar as falhas do presidente Jair Bolsonaro no combate � pandemia do novo coronav�rus e na gera��o de empregos.
"N�o estamos a� s� para disputar a elei��o. Temos que fazer oposi��o", disse Lula, segundo relato de participantes da reuni�o.
O objetivo do ex-presidente, de acordo com aliados, � impor uma grande derrota a Bolsonaro nas elei��es municipais deste ano e enfraquec�-lo para a disputa presidencial de 2022.
Alguns integrantes do GTE lembraram que fazer oposi��o a Bolsonaro era o objetivo principal da estrat�gia petista desde o in�cio. Por ordem de Lula, o PT sacrificou a possibilidade de alian�as e lan�ou um n�mero recorde de candidatos pr�prios em capitais, 21, 14 deles isolados em chapas puras e com poucas chances de vit�ria.
A estrat�gia provocou cr�ticas de outros l�deres da oposi��o que esperavam de Lula e do PT uma atitude mais generosa com vistas a cria��o de uma ampla frente de esquerda em 2022.
A ideia do ex-presidente era aproveitar o hor�rio dos candidatos para fazer a defesa do legado do partido e de Lula, al�m de atacar Bolsonaro. Mas a maioria decidiu contrariar a orienta��o e usar o espa�o para apresentar propostas de governo. Isso levou a dire��o nacional do partido a cobrar dos candidatos, duas semanas atr�s, o realinhamento das campanhas de acordo com o plano inicial.
Na reuni�o do GTE, o partido apresentou um balan�o no qual tem chances de ganhar ou chegar ao segundo turno na cabe�a de chapa apenas em Vit�ria, Fortaleza, Recife, Goi�nia e Campo Grande, e em alian�as com PSOL e PCdoB em Bel�m, Porto Alegre e Florian�polis. Em outras capitais importantes, como Salvador, S�o Paulo e Rio, o partido mant�m esperan�as, apesar das dificuldades.
Mesmo assim o balan�o foi positivo. O PT avalia que vai eleger um n�mero expressivamente maior de prefeituras em 2020 do que em 2016, quando foi praticamente varrido na onda das den�ncias da Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff.
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