O ex-ministro da Justi�a Sergio Moro gravou um v�deo em defesa da atua��o do deputado Capit�o Wagner (Pros), candidato a prefeito de Fortaleza, no motim de policiais de fevereiro deste ano. No v�deo, Moro nega que esteja participando da campanha, mas deseja "boa sorte e sucesso" ao candidato.
A manifesta��o foi vista como uma forma de apoio do ex-ministro ao candidato. Wagner j� havia recebido um aceno favor�vel do presidente Jair Bolsonaro, de quem Moro virou desafeto, que em live disse que poderia apoiar o candidato. Apesar disso, Capit�o Wagner se declara independente do Planalto.
No v�deo divulgado na sexta-feira, 6, � noite, Moro diz que Wagner trabalhou para debelar o motim. Desde o in�cio da campanha eleitoral os advers�rios do candidato do Pros e o governador Camilo Santana (PT) tentam vincular Wagner ao motim.
"Enviamos as For�as Armadas e tamb�m a For�a Nacional para ajudar no policiamento e fomos at� Fortaleza conversar com as autoridades para buscar uma solu��o que encerrasse aquela paralisa��o. Na oportunidade encontrei o deputado Capit�o Wagner, conversamos e toda preocupa��o era voltada para encerrar o movimento e atender a popula��o de imediato, independente das reivindica��es (dos policiais). Dou aqui meu testemunho. N�o participo das elei��es e n�o quero. N�o voto em Fortaleza mas fa�o este esclarecimento de fato. Desejo a todos boa sorte e sucesso", diz o ex-ministro no v�deo.
Embora negue que esteja participando da campanha, foi a primeira manifesta��o de Moro na disputa eleitoral deste ano.
Depois de receber o aceno favor�vel de Bolsonaro durante uma live, Wagner, que liderava as pesquisas, come�ou a cair. Ao Estad�o, na semana passada, ele agradeceu � sinaliza��o do presidente mas fez quest�o de dizer que � independente em rela��o ao Planalto. A forte rejei��o a Bolsonaro nas grandes tem prejudicado os candidatos ligados ao presidente nas grandes capitais. Segundo o Ibope do dia 3, ele tem 27% das inten��es de voto. Jos� Sarto (PDT), candidato apoiado pela fam�lia Ferreira Gomes, e Luizianne Lins (PT), t�m 29% e 24%, respectivamente, segundo o levantamento.
O motim dos policiais civis e militares do Cear� durou 13 dias, provocou aumento de 138% nos homic�dios e culminou com o epis�dio em que o senador Cid Gomes (PDT-CE) tentou invadir um quartel onde os amotinados de concentravam, em Sobral, e levou dois tiros.
Desde ent�o o governo cearense apontava interesses pol�ticos de poss�veis candidatos �s elei��es deste ano por tr�s do movimento. Segundo levantamentos feitos pela imprensa local, cerca de 30 lideran�as do motim disputam cargos de prefeito ou vereador.
POL�TICA