Dia de elei��o tamb�m � dia de ganhar dinheiro. Ao menos para os ambulantes, que marcaram presen�a na porta dos locais de vota��o mais movimentadas de Belo Horizonte neste domingo, quando foi realizado o pleito municipal.
De pipoqueiros a vendedores de picol�, de baleiros a comerciantes de frutas, todos se fizeram presentes, assim como o policiamento e os eleitores. E a maioria n�o teve do que reclamar.
“Meu filho chegou �s 8h e na hora do almo�o me ligou pedindo para trazer mais mercadoria, pois havia vendido quase tudo. Assim, vim para c� ajud�-lo”, afirmou Jos� Geraldo Jardim, que, ao lado do herdeiro Yuri Jardim, oferecia castanha do Par� em frente ao Col�gio Santa Dorot�ia, no Sion, regi�o Centro-Sul da capital mineira.
Eles costumam rodar a cidade vendendo o produto de segunda-feira a s�bado. Por�m, viram na elei��o uma chance de aumentar os ganhos e n�o tiveram do que se arrepender.
“Vai dar para pagar o Uber de volta para casa”, disse Yuri, em tom de brincadeira, sendo modesto em rela��o ao valor auferido: o quilo da castanha custa R$ 80 e h� embalagens tamb�m de 500 gramas e 250 gramas.
“A venda foi boa mesmo, n�o tenho do que reclamar”, afirmou o ambulante, outro que tamb�m abriu exce��o para trabalhar no primeiro dia da semana em fun��o do bom movimento de pessoas nos locais de vota��o. Os pre�os partiam de R$ 10.
J� em frente � Escola Estadual Maria Luiza Miranda Bastos, no bairro Planalto, na regi�o Norte, Oliveiro In�cio dos Santos oferecia picol�s de diversos sabores a R$ 2. O calor de cerca de 30ºC do in�cio da tarde, al�m do bom movimento por causa da vota��o, ajudou a incrementar as vendas.
“Estou aqui para completar o or�amento, que � apertado”, disse ele, ressaltando que, por outro lado, a obrigatoriedade do uso de m�scara em fun��o da pandemia de COVID-19 fez com que alguns potenciais clientes desistam da compra.
Segundo ele, o valor arrecadado foi suficiente para “levar um franguinho para casa no domingo”. “Para comprar carne n�o d�, pois o pre�o subiu muito”, disse o ambulante, bem-humorado.
No geral o clima durante a vota��o foi bem tranquilo, segundo policiais militares ouvidos pela reportagem, que percorreu tamb�m a regi�o Leste de Belo Horizonte. Em muitos lugares nem parecia que era dia de elei��o, como no Centro Estadual de Educa��o Continuada (Cesec) Maria Vieira Barbosa, em Venda Nova.