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Estado de Minas

Elei��es municipais 2020: dois ter�os dos candidatos a prefeito apoiados por Bolsonaro perderam

Presidente da Rep�blica e ministros apoiaram ao menos 12 candidatos a prefeito em transmiss�es ao vivo na biblioteca do Pal�cio do Planalto. S� 4 venceram ou chegaram ao segundo turno


16/11/2020 01:00 - atualizado 16/11/2020 02:59

Dos 12 candidatos a prefeito apoiados por Bolsonaro, apenas quatro se elegeram ou chegaram ao segundo turno(foto: REUTERS/Adriano Machado)
Dos 12 candidatos a prefeito apoiados por Bolsonaro, apenas quatro se elegeram ou chegaram ao segundo turno (foto: REUTERS/Adriano Machado)
O presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro (sem partido), dormir� neste domingo com um resultado amargo nas elei��es municipais de 2020. Dos 12 candidatos a prefeito apoiados por Bolsonaro em suas "lives" semanais, apenas quatro se elegeram ou chegaram ao segundo turno.

 

Nos principais col�gios eleitorais do pa�s, a �nica vit�ria de Bolsonaro foi no Rio de Janeiro — onde o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), se recuperou e disputar� o segundo turno contra Eduardo Paes (DEM).

 

Desde a segunda-feira (09/11), Bolsonaro fez quatro "lives" para apresentar candidatos. S� de prefeitos, Bolsonaro e seus ministros apoiaram uma d�zia de nomes.

 

Os mais conhecidos s�o o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), candidato em S�o Paulo (SP); e Crivella, no Rio. Mas Bolsonaro tamb�m apoiou candidatos em outras capitais: Capit�o Wagner (do Pros, em Fortaleza); Delegada Patr�cia (Podemos, em Recife); Coronel Menezes (em Manaus, pelo Patriota); e de Bruno Engler (em Belo Horizonte, pelo PRTB).

 

Desses, Bolsonaro s� emplacou Crivella e Capit�o Wagner. Este �ltimo conquistou 33% dos votos e disputar� o segundo turno na capital cearense contra Jos� Sarto (PDT). Em S�o Paulo, Celso Russomanno ficou em quarto lugar, com apenas 10,5% dos votos.

 

Bolsonaro tamb�m apoiou o atual prefeito de Parna�ba (PI), M�o Santa (DEM), que conquistou a reelei��o com 68% dos votos. O outro sucesso foi em Ipatinga (MG), onde o jovem Gustavo Nunes foi eleito prefeito pelo PSL.

 

A ministra Damares Alves (Mulher, Fam�lia e Direitos Humanos) aproveitou uma live com Bolsonaro para apoiar a candidata emedebista Morgana Macena, que disputou a prefeitura de Cabedelo (PB) e foi derrotada. Figuraram ainda no "hor�rio eleitoral" do presidente os candidatos Ivan Sartori (do PSD, em Santos); Oscar Rodrigues (pelo MDB, em Sobral); e Julia Zanatta (em Crici�ma, pelo PL). Todos fracassaram.

 

Bolsonaro usou ainda as lives para apoiar candidatos a vereador — inclusive sua ex-assessora dos tempos de deputado federal, Walderice Santos da Concei��o, a Wal do A�a�. Ela concorreu a uma vaga na C�mara de Vereadores de Angra dos Reis (RJ) pelo Republicanos, mas teve apenas 266 votos e n�o foi eleita.

 

Em Mato Grosso, o presidente da Rep�blica tentou garantir uma cadeira a mais no Senado: Bolsonaro apoiou o nome de R�bia Fernanda Diniz Siqueira, a Coronel Fernanda (Patriota), na elei��o suplementar para a Casa Alta. At� o fechamento desta reportagem, por�m, os resultados apurados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) n�o eram conclusivos.

 

Desde a segunda-feira, Bolsonaro fez quatro lives para promover seus candidatos. Em geral, os v�deos tinham pouco mais de 40 minutos — a exce��o foi a �ltima live, na quinta-feira (12/11), quando Bolsonaro falou durante pouco mais de uma hora e meia.

 

Alguns dos candidatos chegaram a viajar para Bras�lia para aparecer ao lado do presidente: agiram assim Bruno Engler (de Belo Horizonte) e Coronel Menezes (Manaus), entre outros. Ambos fracassaram nas urnas.

 

Ao todo, Bolsonaro fez propaganda para pelo menos 59 candidatos a prefeito ou vereador em suas lives, segundo levantamento do site G1.


Para o cientista pol�tico Bruno Carazza, Bolsonaro, no entanto, o papel de Bolsonaro nas elei��es municipais n�o foi t�o decisivo — apesar de alguns fracassos como o de Russomanno.

 

"Muita gente fez a leitura inicial, principalmente por causa do fracasso de Russomanno, de que o Bolsonaro n�o foi um bom cabo eleitoral. Mas eu n�o vejo assim. A recupera��o de Crivella, no Rio de Janeiro, � uma indica��o da for�a de Bolsonaro. O candidato dele em Belo Horizonte (Bruno Engler) tamb�m teve um desempenho melhor do que as pesquisas mostravam, o que indica que ele conseguiu mobilizar as pessoas na reta final", disse Carazza, que � autor do livro Dinheiro, elei��es e poder, sobre o financiamento das disputas pol�ticas no Brasil.

 

"Ao n�o lan�ar o partido (o Alian�a pela Liberdade), ele pode dizer agora que os fracassos n�o s�o culpa dele. Ao mesmo tempo, vai capitalizar com as eventuais vit�rias que aparecerem", diz o cientista pol�tico, que � professor da Funda��o Dom Cabral e do Ibmec.

Bolsonaro: esquerda sofreu derrota hist�rica

Pouco antes da meia noite, Bolsonaro usou sua conta no Twitter para comentar o resultado das elei��es. O presidente disse que sua participa��o no pleito se resumiu a "quatro lives num total de tr�s horas".

"H� 4 anos, Geraldo Alckmin elegeu Jo�o D�ria prefeito de S�o Paulo no primeiro turno. Dois anos depois Alckmin obteve apenas 4,7% dos votos na disputa presidencial. Minha ajuda a alguns poucos candidatos a prefeito resumiu-se a 4 lives num total de 3 horas", escreveu ele.

- A esquerda sofreu uma hist�rica derrota nessas elei��es, numa clara sinaliza��o de que a onda conservadora chegou em 2018 para ficar.

- Para 2022 a certeza de que, nas urnas, consolidaremos nossa democracia com um sistema eleitoral aperfei�oado. DEUS, P�TRIA e FAM�LIA.

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 16, 2020


"A esquerda sofreu uma hist�rica derrota nestas elei��es, numa clara sinaliza��o de que a onda conservadora chegou em 2018 para ficar. Para 2022 a certeza de que, nas urnas, consolidaremos nossa democracia com um sistema eleitoral aperfei�oado. DEUS, P�TRIA e FAM�LIA", disse Bolsonaro.

Minist�rio P�blico vai apurar propaganda irregular

O 'hor�rio eleitoral informal' promovido por Bolsonaro em suas lives pode ter outras consequ�ncias. Em diversos Estados, o Minist�rio P�blico Federal decidiu investigar se o presidente cometeu propaganda eleitoral irregular durante as transmiss�es.

 

Parlamentares do PT e da Rede Sustentabilidade questionaram o Procurador-Geral Eleitoral, Renato Brill de G�es, sobre a legalidade das lives do presidente.

 

A Rede tamb�m apresentou um questionamento sobre o uso do Pal�cio da Alvorada nas grava��es ao Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Apesar do nome, o TCU � um �rg�o de assessoria do Congresso e n�o faz parte do Poder Judici�rio.

 

A partir do pedido dos parlamentares, Renato Brill de G�es determinou a abertura de apura��es sobre o assunto nos Estados de S�o Paulo, Minas Gerais, Amazonas, Bahia, Cear�, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Para�ba, Piau�, Roraima e Sergipe. Tamb�m h� uma apura��o em curso no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro apoiou Marcelo Crivella.

 

Na sexta-feira (13), Bolsonaro anunciou em uma rede social que n�o faria mais uma "live eleitoral" porque, segundo ele, a legisla��o n�o � clara sobre a possibilidade de usar a ferramenta poucos dias antes da elei��o. "Hoje n�o haver� live 'eleitoral'. A legisla��o n�o � clara sobre sua realiza��o a partir desta data. Boa noite a todos", escreveu Bolsonaro.


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