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Estado de Minas POL�TICA

Para Boulos, seu triunfo � derrota do bolsonarismo


16/11/2020 07:05

O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, disse que a sua chegada ao segundo turno das elei��es para a Prefeitura de S�o Paulo � o in�cio "da derrota do bolsonarismo". Com 99,67% dos votos apurados, Boulos se mantinha em segundo lugar, com 20,24% dos votos v�lidos, � frente de M�rcio Fran�a, com 13,65%. Ele deve disputar o segundo turno com o prefeito Bruno Covas (PSDB).

"N�o � s� uma elei��o, estamos falando do projeto de uma gera��o. Isso sinaliza o come�o da derrota do bolsonarismo", disse o candidato, antes mesmo do t�rmino da apura��o. "Se confirmando os resultados, n�s derrotamos o Bolsonaro no primeiro turno e agora vamos derrotar o Doria", disse ao se referir a Celso Russomanno (Republicanos), que teve o apoio do presidente, e o governador Jo�o Doria (PSDB), aliado de Covas.

"Em 2018 as pessoas votaram com �dio. Vimos at� foto de gente usando cano de arma para apertar o bot�o da urna. Hoje em S�o Paulo a gente viu um voto de esperan�a", afirmou. Ele rebateu a declara��o de Covas de que "a esperan�a vai vencer o radicalismo" em S�o Paulo. "Eu vi a declara��o do Bruno de que a disputa seria da pondera��o contra o radicalismo. A disputa n�o � essa. Ele est� errado. A disputa � da mesmice com a esperan�a."

No segundo turno, Boulos ter� como principal desafio se tornar mais conhecido, principalmente do eleitor para quem seu discurso � direcionado: o morador da periferia. O desconhecimento por parte dessa camada da popula��o foi considerado o maior entrave da candidatura do PSOL no primeiro turno em S�o Paulo.

At� ontem Boulos dispunha de apenas 17 segundos nos blocos e dois comerciais por dia no hor�rio eleitoral de r�dio e TV. No segundo turno, os dois candidatos ter�o o mesmo tempo. Pelos c�lculos da campanha de Boulos, o candidato teve 80 comerciais no primeiro turno contra 900 de Covas. "No primeiro turno eles tinham 11 jogadores e a gente quatro", disse o marqueteiro Chico Malfitani.

A primeira iniciativa da campanha ser� aumentar a equipe respons�vel pelos programas de TV, at� ontem formada por apenas seis profissionais sob o comando de Malfitani. Novos colaboradores ser�o incorporados e a estrutura de equipamentos tamb�m ter� de ser ampliada com a aloca��o de recursos.

Ontem � noite, a discuss�o na equipe de comunica��o de Boulos era se a linha adotada no primeiro turno ser� mantida com poucos ajustes ou se haver� mudan�a significativa. A decis�o ser� tomada hoje, em reuni�o da coordena��o da campanha.

No primeiro turno, a prioridade do PSOL foi no campo digital, onde iniciativas inovadoras e relativamente baratas, como a utiliza��o de uma linguagem informal, bem humorada e �gil fizeram com que o candidato ganhasse forte engajamento espont�neo nas redes sociais, principalmente na faixa et�ria dos 16 aos 24 anos, os chamados nativos digitais.

Estrat�gias de campanha de rua como o "Se Vira nos 50", na qual o candidato responde perguntas de eleitores em at� 50 segundos, e "Fala na Lata", esp�cie de pegadinha em que Boulos aparece do nada enquanto eleitores falam suas impress�es sobre o l�der do MTST, devem ser mantidas.

A partir de agora a campanha digital vai dividir a prioridade com a TV que, segundo o Ibope, ainda � o meio mais utilizado pelo eleitorado de baixa renda para se informar sobre a elei��o, citada por 55% dos entrevistados que ganham at� um sal�rio m�nimo.

Em outro flanco, o PSOL vai buscar apoio das outras for�as de esquerda para montar uma frente contra Covas. J� foram iniciadas conversas com o PT, PC do B, Rede e PDT. O partido de Boulos acha dif�cil conseguir apoio do PSB devido � proximidade de Marcio Fran�a com o PSDB, mas a dire��o nacional do partido tamb�m ser� procurada. No PSOL, h� resist�ncia de alguns setores sobre a poss�vel participa��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva na campanha - no come�o da madrugada o candidato petista Jilmar Tatto escreveu no Twitter que Boulos poderia contar com "a valente milit�ncia para virar o jogo em S�o Paulo". O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) tamb�m declarou apoio a Boulos pela rede social.

Boulos disse que trabalhar� por alian�as. "Pretendo telefonar para candidatos progressistas. N�o fiz isso ainda porque os resultados n�o est�o consolidados. O que a gente precisa construir � uma frente contra a desigualdade e a injusti�a social em S�o Paulo."

Voto

O candidato do PSOL votou �s 10h40 na PUC, em Perdizes. Em r�pida fala a jornalistas, Boulos disse que em um segundo turno, com paridade de tempo no hor�rio eleitoral e debates em todas as grandes redes de TV, ter� mais condi��es de virar o resultado das pesquisas, que apontam o favoritismo do candidato � reelei��o.
"Chegamos at� aqui em segundo lugar nas pesquisas com 17 segundos na TV, sem apoio da m�quina dos governos federal e estadual e s� com engajamento de gente de verdade, sem rob�s, sem fake news. Imagine no segundo turno quando 17 segundos virarem 10 minutos todo dia, com debate em todas as grandes redes de TV, olho no olho", disse.

A exemplo do que tinha feito no s�bado, Boulos ressaltou que sua campanha representava um resgate na forma de disputar elei��es, sem grandes estruturas financeiras nem de marketing. "Se a gente puder avaliar o que foram estes meses, al�m de apresentar um projeto novo e ousado para S�o Paulo, com foco nas periferias, est� sendo um resgate de um jeito de fazer pol�tica com esperan�a, sonho, princ�pios", disse o candidato.

Depois de votar, Boulos foi para casa, no Jardim Catanduva, bairro do distrito de Campo Limpo. Ele passou o dia com a mulher, Natalia Szermeta, coordenadora do MTST, e as filhas Laura e Sofia, de 9 e 10 anos, al�m de integrantes mais pr�ximos de sua equipe de campanha, candidatos a vereador e dirigentes do PSOL como o deputado Ivan Valente (SP). As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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