Se ainda havia algum resqu�cio de for�a do MDB no Rio durante a �ltima legislatura, ela acabou de vez com a elei��o deste domingo, 15. Ap�s eleger dez vereadores em 2016, o partido assolado por esc�ndalos de corrup��o no Estado fez agora apenas um representante na capital fluminense: Vitor Hugo, que foi o menos votado dentre os 51 eleitos. Principal herdeiro do esp�lio emedebista, o DEM ter� sete parlamentares, assim como o PSOL e o Republicanos. Ser�o as tr�s maiores bancadas da Casa.
Os mais votados da elei��o deste ano foram Tarc�sio Motta (PSOL), Carlos Bolsonaro (Republicanos), Gabriel Monteiro (PSD), Cesar Maia (DEM) e Chico Alencar (PSOL). Em quatro anos, o filho Zero Dois do presidente Jair Bolsonaro perdeu 36 mil votos e o posto de vereador mais votado da cidade.
Depois das maiores bancadas, h� uma expressiva diferen�a para as que v�m na sequ�ncia. PT, PSD e Avante ter�o tr�s representantes cada. Os petistas, contudo, ainda t�m sob an�lise da Justi�a a elei��o do ex-senador Lindbergh Farias, que teve quase 25 mil votos. O destaque do partido, que perdeu espa�o na capital nos anos 2000, foi a arquiteta e urbanista Tain� de Paula. Mulher e negra, ela ficou na nona coloca��o entre os candidatos mais votados.
No PSD, o ex-PM e youtuber bolsonarista Gabriel Monteiro foi o protagonista ao ficar na terceira coloca��o geral. Durante a campanha, o jornal O Dia revelou imagens do candidato andando pelas ruas da zona oeste da cidade cercado por homens armados. Apesar do bom desempenho dele, o partido apenas manteve o patamar da bancada de tr�s vereadores que j� tem no Pal�cio Pedro Ernesto.
Enquanto esses partidos chamam aten��o por apresentar novos quadros � popula��o carioca, o DEM conta com nomes antigos da pol�tica local. O exemplo mais claro � o ex-prefeito por tr�s mandatos Cesar Maia, que se reelegeu vereador com boa vota��o. H� ainda ex-emedebistas, como � o caso do presidente da Casa, Jorge Felippe, que migrou para a legenda da fam�lia Maia no in�cio deste ano.
Ex de Bolsonaro
M�e de Carlos Bolsonaro e primeira ex-mulher do presidente, Rog�ria Bolsonaro (Republicanos) fez pouco mais de 2 mil votos e n�o foi eleita, apesar de ter feito campanha com forte presen�a nas ruas - ao contr�rio do filho. Essa foi a segunda vez na hist�ria que Carlos "derrotou" a m�e. Aos 18 anos incompletos, ele concorreu contra a m�e, por determina��o de Bolsonaro, em 2000. Neste ano, contudo, o clima oficial n�o era de competi��o, mas de uni�o, apesar de o presidente n�o ter pedido votos nela durante suas lives semanais.
Vereadora eleita em 1992, quando ainda era casada com Bolsonaro, Rog�ria se reelegeu quatro anos depois. Em 2000, contudo, j� estava divorciada e continuou a usar nas urnas o sobrenome do ent�o deputado federal - mesmo ap�s Bolsonaro tentar impedi-la na Justi�a. Como o hoje presidente n�o a via mais como uma genu�na representante dele no Rio, comprou briga: deu a Carlos, que tinha 17 anos, a miss�o de superar a m�e. Ele conseguiu.
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