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Estado de Minas POL�TICA

'Kit gay' e alus�es ao diabo entram na campanha no Rio


25/11/2020 07:02

Desde a semana passada, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o prefeito candidato � reelei��o Marcelo Crivella (Republicanos) trocam ataques duros, envolvendo fake news e acusa��es cunho religioso. O objetivo: desconstruir o advers�rio.

Na �ltima pesquisa Ibope, divulgada no dia 18, Paes aparecia com 53% das inten��es de voto e Crivella tinha 23%. Em desvantagem, o prefeito tenta associar o advers�rio ao PSOL, um partido de esquerda, praticamente ant�poda do DEM de Paes. Tamb�m tenta ligar Paes a um suposto "kit gay" e at� a pedofilia.

Em uma dessas tentativas, Crivella aparece em v�deo ao lado do deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ). Na pe�a, afirmam que Paes teria um acordo com o PSOL, pelo qual o partido de esquerda assumiria a Secretaria de Educa��o. Alegam que, com isso, haveria "pedofilia nas escolas".

A afirma��o sem nenhuma base em fatos. Al�m da acusa��o, que denunciam como caluniosa e absurda, Paes e o partido n�o t�m nenhum acordo pol�tico em troca de cargos no futuro governo. Postado nas redes sociais, o v�deo do prefeito com Otoni de Paula marcou o in�cio do que seria apresentado na propaganda oficial dali em diante. Na televis�o, Crivella veiculou imagens que pintam Paes como um candidato que, al�m de apoiar o "kit gay", defende a "ideologia de g�nero"e a legaliza��o das drogas.

Nenhum desses pontos - todos presentes na campanha de 2018 - consta do programa, nem do discurso do ex-prefeito. A fake news do suposto "kit gay" deturpa informa��es sobre materiais did�ticos de educa��o sexual produzidos quando o PT estava na Presid�ncia. Eram dirigidos a professores.

No �ltimo fim de semana, outro epis�dio tornou mais expl�cita a estrat�gia de Crivella. Cabos eleitorais do prefeito distribu�am materiais com os seguintes dizeres: "Eduardo Paes e seus amigos defendem legaliza��o do aborto, libera��o das drogas, kit gay nas escolas". Ao lado do ex-prefeito, na montagem, aparece o deputado federal Marcelo Freixo. Abaixo, as fotos de Crivella e de sua vice, Andrea Firmo, colocando-os como contraponto.

"O Crivella praticamente declarou a derrota. N�o � uma estrat�gia de tudo ou nada, � uma estrat�gia de desespero. Parece-me que n�o � nem uma forma de desconstruir o advers�rio, e sim de se posicionar como oposi��o a partir do dia 29 de novembro"", diz o cientista pol�tico Paulo Ba�a, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para ele, os ataques n�o devem surtir efeitos significativos. O motivo � que Crivella � rejeitado por mais de 60% da popula��o, que considera seu governo ruim ou p�ssimo.

Em meio aos ataques, Paes tamb�m passou a direcionar cr�ticas diretamente ao advers�rio, com um toque de apelo religioso. Tem apontado Crivella, � bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, como "o pai da mentira", um dos apelidos do diabo. "Ao insistir no discurso de que o advers�rio � o pai da mentira, ele cria uma maneira de neutralizar qualquer fala do Crivella", opina Ba�a.

A campanha de Paes tamb�m passou a enumerar os "sete pecados" de Crivella. Seriam eles: incompet�ncia, omiss�o, falsidade, fraqueza, hipocrisia, "trairagem" e a mentira. Nesse quadro, o ex-prefeito literalmente demoniza o advers�rio. Usa fundo vermelho e caricatas letras de filmes de horror do passado.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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