O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o governo tem estimulado uma candidatura pr�pria da esquerda, nas �ltimas horas, com o intuito de enfraquecer uma frente mais ampla, liderada por ele, para derrotar o candidato de Jair Bolsonaro � presid�ncia da C�mara, o deputado Arthur Lira (PP-AL).
"Acho que nas conversas mais fortes que est�o acontecendo, o movimento das �ltimas horas da tentativa de um terceiro candidato, vem muito mais do governo de tentar estimular a ter uma candidatura que n�o apoie um movimento mais amplo de independ�ncia da casa", disse Maia em caf� da manh� com jornalistas nesta quarta-feira, 16.
"Quando voc� faz um movimento, �s vezes a rea��o ao seu movimento n�o � o contraponto, � um terceiro movimento, se um partido de esquerda diz que n�o apoiar� o candidato do governo, a� o movimento do candidato do governo qual �? � tentar estimular dentro do partido, uma candidatura de esquerda. Ent�o, quem estimula hoje uma candidatura de esquerda � o governo", disse.
Maia tenta fechar o apoio de partidos da oposi��o para o candidato a ser lan�ado pelo seu bloco. A sigla ainda mais resistente � o PT, a maior bancada da C�mara, com 54 deputados.
Para Maia, apesar dessas tentativas, deve se formar uma candidatura em defesa da independ�ncia da C�mara. "A impress�o que eu tenho � que esse sentimento � majorit�rio", disse.
"Claro que o governo t� trabalhando, oferecendo emendas e cargos para atrair votos para o candidato dele, n�o t� escondendo de ningu�m isso porque o ministro Secret�ria de Governo, Luiz Eduardo Ramos est� recebendo no gabinete dele. O governo sempre tem for�a, as vezes d� certo ou n�o", afirmou.
Maia ressaltou a import�ncia de se dialogar com partidos de diversos espectros pol�ticos para o fechamento dessa frente.
"O espa�o desse campo � construir movimento pol�tico que de forma clara possa representar toda a sociedade na C�mara", disse.
Bolsonaro
Para Maia, a pauta de costumes � o que sustenta o processo pol�tico de Jair Bolsonaro. "Ele n�o ter a pauta de costumes na C�mara reduz esse ambiente polarizado, que construiu a outra elei��o e vai construir a pr�xima", disse.
"Ele n�o ter ambiente de debate na C�mara sobre armas, de costumes, sobre aborto, diminui o debate na sociedade sobre a pauta que ele quer construir a elei��o dele. Ele n�o teve esse ambiente na C�mara n�s �ltimos dois anos".