
Os perfis suspensos e que foram criados no Brasil estavam ligados a grupos bolsonaristas e atuavam espalhando falsas alega��es de fraudes nas elei��es. O conte�do com as suspeitas infundadas era concentrado no processo eleitoral do Brasil e, al�m de colocar em questionamento pleitos passados, era usado para colocar em d�vida a integridade das pr�ximas elei��es, como a de 2022, que escolher� o novo presidente da Rep�blica.
O grupo QAnon atua espalhando informa��es falsas e teorias da conspira��o. Os seguidores acreditam que Trump est� travando uma guerra silenciosa contra ped�filos e adoradores de Satan�s no governo, no meio empresarial e na imprensa. O Twitter, por meio da sua sede, nos Estados Unidos, divulgou uma nota sobre a medida. "Devido aos eventos violentos em Washington e ao aumento do risco de danos, come�amos a suspender permanentemente milhares de contas que eram principalmente dedicadas ao compartilhamento de conte�do QAnon", informou a empresa.
Ainda de acordo com o Twitter, as medidas foram tomadas em raz�o da proximidade da posse presidencial no pa�s, marcada para 20 de janeiro. "Desde sexta-feira, mais de 70.000 contas foram suspensas como resultado de nossos esfor�os, com muitos casos de um �nico indiv�duo operando v�rias contas. Essas contas estavam envolvidas no compartilhamento de conte�do prejudicial n�o associado a QA em grande escala e eram principalmente dedicadas � propaga��o dessa teoria da conspira��o em todo o servi�o", completa o comunicado do Twitter.
Evas�o
Alguns dos apoiadores e pol�ticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro notaram a queda em seu n�mero de seguidores, como o deputado Eduardo Bolsonaro, que disse ter perdido milhares de seguidores. O mesmo foi relatado por Fillipe Martins, assessor especial do presidente Bolsonaro. "Perdi milhares de seguidores nas �ltimas 24 horas. Outros conservadores est�o enfrentando o mesmo problema", escreveu ele na rede social.
Al�m dos bolsonaristas, ativistas, pol�ticos de oposi��o e jornalistas tamb�m perderam seguidores. Neste caso, os perfis radicais eram usados para atacar profissionais de imprensa no Brasil e desqualificar cr�ticas contra o governo bolsonaro. A a��o do Twitter, que derrubou os perfis, acabou atingindo contas que pregavam discursos antivacina, de cr�ticas ao governo chin�s e � efic�cia da CoronaVac — imunizante produzido pelo Instituto Butantan.