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Estado de Minas PANDEMIA

Bolsonaro mentiu ao dizer que compraria toda vacina aprovada pela Anvisa

Em duas ocasi�es em 2020, o presidente descartou a CoronaVac, que chamava de 'vacina chinesa' e de 'vacina do Doria: "N�o ser� comprada", afirmou


26/01/2021 15:33 - atualizado 26/01/2021 16:25

Durante a pandemia, Bolsonaro deixou o negacionismo em primeiro lugar, desdenhou da Coronavac e recomendou o uso de remédios sem eficácia comprovada(foto: Agência Brasil/Reprodução)
Durante a pandemia, Bolsonaro deixou o negacionismo em primeiro lugar, desdenhou da Coronavac e recomendou o uso de rem�dios sem efic�cia comprovada (foto: Ag�ncia Brasil/Reprodu��o)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mentiu ao dizer que que compraria qualquer vacina aprovada pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa).

Durante a pandemia do novo coronav�rus, Bolsonaro deixou o negacionismo em primeiro lugar, desdenhou da Coronavac e recomendou o uso de rem�dios sem efic�cia comprovada contra a COVID-19.

Agora, o presidente muda o discurso e, como diz o velho ditado, “quem desdenha quer comprar”, Bolsonaro afirma que a vacina produzida pelo laborat�rio chin�s Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, � a vacina do “Brasil”. 

"Passando pelo Minist�rio da Sa�de e sendo certificada pela Anvisa, o governo federal vai comprar e disponibilizar, mas n�o vai ser obrigat�ria de jeito nenhum", disse Bolsonaro em live transmitida pelas redes sociais na semana passada.

O Estado de Minas separou alguns momentos em que o presidente desdenhou do imunizante do Butantan e atacou o governador de S�o Paulo Jo�o Doria (PSDB) pelos investimentos na vacina.

A vacina chinesa


Quando os primeiros passos para a inicia��o de uma futura vacina��o come�aram a aparecer, Bolsonaro criticou o uso de imunizantes em geral. Depois das investidas do governo de S�o Paulo para adquirir a Coronavac, nos �ltimos seis meses, o presidente criticou o Instituto Butantan e disse que o governo federal n�o compraria a vacina por ela ter origem na China. 

Em julho, em uma transmiss�o ao vivo, Bolsonaro falou que o imunizante comprado pelo Brasil n�o seria “daquele outro pa�s”. "Se fala muito da vacina da COVID-19. N�s entramos naquele cons�rcio l� de Oxford. Pelo que tudo indica, vai dar certo e 100 milh�es de unidades chegar�o para n�s. N�o � daquele outro pa�s, n�o, t� ok, pessoal? � de Oxford a�", disse o presidente.


Fiocruz x Butantan

O presidente sempre deixou claro que o acordo brasileiro seria feito com a Astrazeneca/Oxford. Isso porque, segundo ele, a tecnologia seria transferida para a Fiocruz. Em diversos momentos, Bolsonaro chegou a dizer que a vacina da Oxford era melhor que a Coronavac exatamente por isso, o que acabou minimizando os esfor�os do Butantan para a transfer�ncia de tecnologia da Coronavac.

Em agosto do ano passado, durante cerim�nia em Bras�lia, Bolsonaro voltou a falar sobre o assunto. "E o que � mais importante nessa vacina, diferente daquela outra que um governador resolveu acertar com outro pa�s, vem a tecnologia pra n�s."

A vacina do Doria


Em outubro do ano passado, o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, anunciou em uma reuni�o com mais de 23 governadores, a compra do imunizante chin�s. Menos de 24 horas depois, a aquisi��o foi desautorizada pelo presidente em live pelo Instagram. Na �poca, o an�ncio gerou pol�mica entre os governadores polarizando ainda mais a guerra pol�tica entre o governador paulista e o presidente.
 
 

Em primeiro de dezembro, o governo federal divulgou sua estrat�gia “preliminar” para a vacina��o dos brasileiros. Nesse calend�rio, a CoronaVac foi exclu�da, o que incentivou o governo paulistano a dar uma resposta imediata. Um dia depois, o governo de S�o Paulo oficializou o programa de vacina��o estadual.

No dia seguinte, em um coment�rio no Facebook, Bolsonaro chamou o imunizante de "vacina chinesa de Jo�o Doria" e afirmou que n�o o compraria.


Brasil x S�o Paulo


Em novembro de 2020, quando Jo�o Doria se empenhava na importa��o da vacina, Bolsonaro falou durante live que n�o compraria a “vacina chinesa de Doria”. Em tom de deboche e ironia, o presidente ainda disse que “ningu�m vai tomar sua vacina na marra n�o, procure outro”.
 
 

Dias depois, o presidente chegou at� mesmo a chamar o governador de “m�dico do Brasil” e ainda comemorou a morte de um dos pacientes do estudo, o que fez a pesquisa ser paralisada.

"Morte, invalidez, anomalia. Esta � a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tom�-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigat�ria. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", escreveu.


Efic�cia 

Com a conclus�o dos testes da vacina no Brasil, em dezembro de 2020, Bolsonaro come�ou a atacar a  efic�cia da vacina. Antes do Instituto Butantan divulgar os dados, Bolsonaro afirmou, em uma transmiss�o, que "a efic�cia daquela vacina em S�o Paulo parece que est� l� embaixo".

Em janeiro, mesmo ap�s o Minist�rio da Sa�de ter assinado um contrato de compra da CoronaVac, Bolsonaro seguiu ironizando o imunizante."Essa de 50% � uma boa?"
 

Entenda a efic�cia da vacina do Butantan:

 
 
*Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz


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