Procuradores pedem que Lewandowski revogue decis�o que garante dados a Lula

Um grupo de sete procuradores, entre eles integrantes e ex-membros da Opera��o Lava Jato, enviou ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de reconsidera��o das decis�es que garantiram � defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva acesso ao material apreendido na Opera��o Spoofing - investiga��o que mira grupo de hackers que invadiu celulares de autoridades.

Representado pelos advogados Marcelo Knopfelmacher e Felipe Locke Cavalcanti, o grupo � integrado pelos mesmos procuradores que pediram para participar como assistentes de acusa��o na a��o penal contra os hackers que tramita junto � 10� Vara Federal Criminal do Distrito Federal - Janu�rio Paludo, Laura Gon�alves Tessler, Orlando Martello J�nior, J�lio Carlos Motta, Paulo Roberto Galv�o de Carvalho, Athayde Ribeiro Costa e o ex-chefe da for�a-tarefa em Curitiba Deltan Dallagnol.

Caso Lewandowski n�o reconsidere as decis�es questionadas, os procuradores pedem ainda que o tema seja inclu�do na pauta do Plen�rio do Supremo. O grupo quer que a corte declare todo o acerco da Spoofing "como prova il�cita e imprest�vel para fins de compartilhamento, sendo sua utiliza��o proibida".

Ao pedir a revoga��o do compartilhamento, os integrantes da Lava Jato e ex-membros da for�a-tarefa argumentam que o ex-presidente "n�o � v�tima (dos hackers) e que aquilo que lhe diz respeito j� consta em investiga��es e processos formais".

Investigadores acreditam que Lula vai utilizar o material para turbinar a a��o em que acusa o ex-juiz S�rgio Moro de agir com parcialidade ao conden�-lo no caso do tr�plex do Guaruj� (SP), levando ao STF ind�cios de que o magistrado e os procuradores mantiveram contatos fora dos autos que podem contaminar a opera��o. A an�lise do caso ainda n�o foi conclu�da pela Segunda Turma da Corte.

O grupo de integrantes da Lava Jato tamb�m sustenta que "n�o h� demonstra��o de integridade ou autenticidade nem da cadeia de cust�dia" das mensagens interceptadas pelos hackers, alegando ainda que "o eventual acesso ao material amplia a les�o � intimidade das v�timas e seus familiares e coloca em risco a sua vida, integridade e seguran�a".