O ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, mudou a vers�o do governo em rela��o ao colapso no fornecimento de oxig�nio em Manaus (AM). A informa��o consta do depoimento concedido pelo ministro � Pol�cia Federal (PF) como revelou o "Estad�o" neste s�bado (27/02).
Segundo a reportagem, o depoimento difere da informa��o da Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) repassada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Pazuello negou que tenha ficado sabendo do colapso no dia 8 de janeiro e afirmou que a data foi inserida por engano em outro processo do Supremo.
O depoimento foi realizado, em 4 de fevereiro, no Hotel de Tr�nsito de Oficiais do Ex�rcito em Bras�lia como parte do inqu�rito, em segredo de Justi�a, que apura se houve omiss�o do ministro no enfrentamento � pandemia em Manaus. Ao final do inqu�rito, o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, definir� se encaminha den�ncia ou n�o contra o ministro.
A reportagem apresenta que o depoimento de Pazuello � diferente de documento assinado pelo ministro-chefe da Advocacia-Geral da Uni�ao (AGU), Jos� Levi, que teria afirmado que Pazuello soube da "cr�tica situa��o do esvaziamento de estoque de oxig�nio em Manaus" no dia 8 de janeiro em e-mail enviado pela White Martins, fabricante do insumo.
No depoimento, Pazuello teria dito ainda que o "documento mencionado nunca foi entregue ao Minist�rio de Sa�de, bem como a empresa nunca realizou contatos informais com representantes do Minist�rio". Por fim, o ministro alega "equ�voco" de um funcion�rio da pasta que teria citado o aviso da White Martins no dia 8.
A reportagem ainda demonstra que Pazuello reconheceu ter recebido pedido do governo do Amazonas para envio de 150 cilindros no dia 8 e que o Centro de Opera��es de Emerg�ncia (COE, do Minist�rio da Sa�de) avisou, em 9 de janeiro, sobre "colapso dos hospitais e falta de oxig�nio".
O general afirma que "n�o houve qualquer men��o ao iminente colapso de fornecimento de oxig�neio na cidade de Manaus-AM" at� aquele momento. Segundo o ministro, apenas no dia 10 o governador do Amazons, Wilson Melo (PSC), relatou o problema.
Por fim, Pazuello diz que, a partir desta data, o Minist�rio da Sa�de passou a centralizar a��es para entrega do insumo ao Estado, com a cria��o de um centro de controle com participa��o do governo local, Comando Conjunto Amaz�nia e ag�ncias envolvidas no combate � pandemia.
A situa��o na capital amazonense chegou ao extremo em 14 de janeiro, ap�s o registro de falta de oxig�nio para pacientes hospitalizados internados. Na ocasi�o, o m�dico e presidente do Sindicato dos M�dicos do Amazonas, M�rio Viana, descreveu como cr�tica a situa��o nos hospitais de Manaus e pediu uma a��o das autoridades para restabelecer oabastecimento na regi�o. No entanto, muitas pessoas morreram devido � falta de oxig�nio.
Em nota, o Minist�rio da Sa�de informou que Pazuello teve conhecimento do colpaso de oxig�nio em Manaus apenas no dia 11 de janeiro, e que, no dia 8, ele recebeu uma liga��o do Secret�rio Estadual de Sa�de do Amazonas solicintando apoio no transporte de cilindros de oxig�nio, sem mencionar nenhum colapso. Ainda de acordo com o minist�rio, cilindros de oxig�nio foram levados de Bel�m para Manaus.