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Estado de Minas POL�TICA

Pressionado, Bolsonaro decide tirar Pazuello da Sa�de e se re�ne com m�dica


14/03/2021 18:22

Pressionado pela explos�o de interna��es pela covid-19 e frustra��es na campanha de vacina��o, o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, vai trocar o comando do Minist�rio da Sa�de. A cardiologista Ludhmila Hajjar � a mais forte candidata para substituir o general Eduardo Pazuello e se reuniu na tarde deste domingo, 14, com Bolsonaro no Pal�cio da Alvorada, segundo a assessoria do Planalto. A conversa foi inconclusiva.

A informa��o sobre o convite � m�dica foi antecipada pela Coluna do Estad�o. Um pol�tico que participa das negocia��es afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que Pazuello perdeu as condi��es de continuar no cargo.

Oficialmente, o governo vai alegar que ele est� cansado e pediu para ser substitu�do. O nome da m�dica � considerado uma unanimidade tanto no meio pol�tico quanto no jur�dico.

Ela costuma atender pacientes em hospitais de Bras�lia que recebem autoridades, o que a torna conhecida na capital do Pa�s. A defini��o sobre o nome depende agora exclusivamente de Bolsonaro e se ele vai se adaptar ao estilo da m�dica.

Em nota no fim da tarde deste domingo, Pazuello disse que segue ministro. "N�o estou doente, n�o entreguei o meu cargo e o presidente n�o o pediu, mas o entregarei assim que o presidente solicitar. Sigo como ministro da Sa�de no combate ao coronav�rus e salvando mais vidas."

A troca na Sa�de, a terceira no governo Bolsonaro, foi um dos temas de reuni�o com militares feita na noite passada entre o presidente, o pr�prio Pazuello e os ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Fernando Azevedo (Defesa), todos generais. Duas fontes da c�pula do governo confirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo a sa�da de Pazuello.

Segundo autoridades que acompanham a discuss�o, Bolsonaro resiste a entregar a Sa�de a um pol�tico do Centr�o. Por isso, a alternativa mais prov�vel passou a ser a entrada de um profissional da sa�de.

Nos bastidores, Ludhmila tem a simpatia de pol�ticos influentes do Progressistas, partido do presidente da C�mara, Arthur Lira (AL). Pelo Twitter, na tarde deste domingo, Lira defendeu a nomea��o. "Coloquei os atributos necess�rios para o bom desempenho � frente da pandemia: capacidade t�cnica e de di�logo pol�tico com os in�meros entes federativos e inst�ncias t�cnicas. S�o exatamente as qualidades que enxergo na doutora Ludhmila", escreveu.

Parte da base governista no Centr�o, por�m, pressiona ainda pelo nome do deputado Luizinho (Progressistas-RJ), que h� meses circula como op��o no Pal�cio do Planalto e no Congresso.

Al�m de Ludhmila, o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Marcelo Queiroga, tamb�m chegou a ser sugerido como op��o a Bolsonaro.

Autoridades que acompanham a discuss�o afirmam que o ministro Ramos, da Secretaria de Governo, passou a articular a troca na Sa�de nas �ltimas semanas, mas exige dos candidatos que militares sejam mantidos na c�pula da pasta.

Perfil

Cardiologista, Ludhmilla Hajjar se especializou em cuidados da covid-19. Ela acompanhou o tratamento do ministro Pazuello, no Hospital DF Star, em Bras�lia, al�m da interna��o de outras autoridades, como o ent�o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, e a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP). Trabalhando para o hospital mais concorrido entre autoridades de Bras�lia, aproximou-se de pol�ticos do Centr�o e da fam�lia do presidente.

No passado, ela tamb�m j� cuidou de tratamentos do governador de Goi�s, Ronaldo Caiado (DEM), aliado de Bolsonaro.

O pai dela, Samir Hajjar, � empres�rio e pecuarista de renome em An�polis e tem proximidade com pol�ticos locais, como o ex-deputado goiano Vilmar Rocha (PSD).

A m�dica rejeita o uso da cloroquina como tratamento para covid-19, uma aposta do governo Bolsonaro, e incentiva a vacina��o.

Ela teve conversas com congressistas do Centr�o na �ltima semana e j� havia sido cotada a ministra em abril de 2020, quando Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi demitido do cargo. O escolhido, por�m, foi o m�dico Nelson Teich, que ficou apenas um m�s e deixou o governo por diverg�ncias com o presidente.

Em 2018, ela chegou a avaliar o estado de sa�de de Bolsonaro, ent�o candidato, quando recebeu uma facada em ato de campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG).

Ludhmila viajou a Minas Gerais, na ocasi�o, como chefe de uma equipe de m�dicos do Hospital S�rio Liban�s, tendo sido enviada pelo cardiologista Roberto Kalil Filho. Mas a fam�lia Bolsonaro optou que ele fosse transferido da Santa Casa de Miseric�rdia para o Hospital Israelita Albert Einstein.

"Trabalho com a Ludhmila h� 14 anos. Ludhmila � uma profissional preparada, uma m�dica determinada que trabalha 24 horas por dia", afirmou Kalil ao jornal O Estado de S. Paulo.


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