Apesar de j� ter votado para declarar o ex-juiz Sergio Moro parcial no processo do tr�plex do Guaruj�, o ministro Gilmar Mendes voltou a falar sobre o caso durante o julgamento na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), rebatendo o ministro Kassio Nunes Marques, ap�s o colega ter se posicionado contra a suspei��o do ex-juiz. "Estamos em julgamento hist�rico, e cada um passar� para a hist�ria com seu papel. Esses temas n�o admitem covardia. Falsos espertos acabam sendo pegos e desmoralizados", afirmou Gilmar em tom exaltado.
O ministro reagiu aos argumentos de Nunes Marques, para quem o STF n�o poderia analisar as acusa��es da defesa do ex-presidente Lu�s In�cio Lula da Silva (PT) por meio de habeas corpus (um tipo processual). Nunes Marques tamb�m levantou o conceito do 'garantismo' durante seu voto, destacando que por meio do HC Moro n�o teria acesso ao contradit�rio, ou seja, de se defender. Al�m disso, disse que as mensagens divulgadas a partir hackers e atribu�das ao ex-juiz federal e a integrantes da for�a-tarefa em Curitiba n�o poderiam ser usadas como provas na a��o. "N�o se trata de �udios ou hackers, mas ao que est� no processo", rebateu Gilmar.
"O meu voto est� calcado nos elementos dos autos, agora realmente me choca tudo aquilo que se revela, e a defesa que se faz. 'Ah, pode ter havido inser��es, manipula��es?'. Eu j� disse aqui ou o hacker � um ficcionista ou n�s estamos diante de um grande esc�ndalo, e n�o importa o resultado deste julgamento, a desmoraliza��o da Justi�a j� ocorreu, o tribunal de Curitiba � conhecido mundialmente como um tribunal de exce��o", disse Gilmar, para quem falar em validade ou n�o de provas seria "conversa fiada". "N�o estamos a falar aqui de prova il�cita", afirmou.
Gilmar tamb�m criticou o fato de Nunes Marques ter falado em 'garantismo' ao votar. "Nada tem a ver com garantismo. O que isso tem a ver com garantismo? Nem aqui nem no Piau�", respondeu Gilmar, que voltou a criticar a condu��o do processo contra o ex-presidente.
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