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Estado de Minas POL�TICA

Mour�o prega respeito ao crit�rio da antiguidade na escolha de novos comandantes


31/03/2021 13:29

Um dia ap�s o presidente Jair Bolsonaro demitir os comandantes do Ex�rcito, da Marinha e da Aeron�utica, o vice-presidente Hamilton Mour�o defendeu nesta quarta-feira, 31, respeito ao crit�rio de antiguidade na escolha da nova c�pula militar. A sa�da conjunta foi decidida por Bolsonaro ap�s os oficiais se recusarem a politizar as For�as Armadas.

"Eu julgo que a escolha tem que ser feita dentro do princ�pio da antiguidade, at� porque foi uma substitui��o que n�o era prevista. Quando � uma substitui��o prevista, � distinto. Ent�o, se escolhe dentro da antiguidade e segue o baile", afirmou o vice, que � general da reserva.

A defesa de Mour�o pelo respeito a regras internas das For�as Armadas ocorre no momento em que Bolsonaro avalia quebrar a tradi��o de nomear o mais antigo para comandar o Ex�rcito. Comandante militar do Nordeste, Marco Ant�nio Freire Gomes � o nome mais cotado nos bastidores do governo para substituir Edson Leal Pujol, o comandante demitido. O presidente, no entanto, tem sido aconselhado a considerar alternativas para n�o criar atritos com generais mais experientes. O novo ministro da Defesa, general Braga Netto, se re�ne hoje com os candidatos aos cargos.

Caso a escolha recaia sobre Freire Gomes, Bolsonaro poder� repetir a ex-presidente Dilma Rousseff, que quebrou a tradi��o no Ex�rcito ao nomear Eduardo Villa-B�as para comandar a institui��o em 2015. Ele era o terceiro mais antigo na �poca.

Segundo militares que acompanham a negocia��o, para nomear Freire Gomes Bolsonaro teria de "aposentar" seis generais mais antigos que ele. Isso porque eles passam � reserva se um oficial mais "moderno", com menos tempo de Ex�rcito, for al�ado ao comando. A aposentadoria n�o � uma regra compuls�ria, mas costuma ter for�a de norma n�o escrita nos quart�is. Os oficiais costumam pedir para deixar a ativa como forma de n�o serem comandados por um antigo subordinado, uma invers�o na hierarquia.

Ao falar do assunto na manh� desta quarta-feira, Mour�o minimizou a crise instalada com a demiss�o do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e toda a c�pula militar. O vice ressaltou que as For�as Armadas atuam dentro de um "trip�" de princ�pios de legalidade, legitimidade e estabilidade. "Ent�o, n�o muda nada", afirmou ele em entrevista na chegada � Vice-Presid�ncia, pela manh�.

Segundo Mour�o, a decis�o de Bolsonaro foi "dentro do previsto", j� que os chefes das For�as n�o possuem mandato e podem ser "substitu�dos a qualquer momento". Foi a primeira vez na hist�ria em que os tr�s comandantes s�o demitidos em conjunto no meio do mandato presidencial.

"O presidente tem a prerrogativa de mudar ministros, comandantes de For�as tamb�m. N�o � problema isso a�, qualquer um que for assumir o comando das For�as vai manter a mesma forma de atuar", afirmou Mour�o.

O vice-presidente evitou avaliar a forma como a demiss�o dos comandantes ocorreu e disse n�o ter participado da decis�o, que foi comunicada ontem por Braga Netto, em reuni�o com os ent�o comandantes Edson Leal Pujol (Ex�rcito), Ilques Barbosa J�nior (Marinha) e Ant�nio Carlos Bermudez (Aeron�utica).

"N�o participei do processo decis�rio, n�o posso dizer se foi o melhor ou pior", disse. "N�o conversei com ningu�m. Procurei me manter fora disso, sou um oficial da reserva. Aprendi com meu pai que quando voc� passa para a reserva a bola est� com os que est�o na ativa."

Apesar de classificar a demiss�o dos comandantes como algo "dentro do previsto", Mour�o admitiu que a medida foi "abrupta" e que n�o era esperada. "Essa foi uma mudan�a mais abrupta, mas est� dentro do previsto. Os comandantes n�o t�m mandato", afirmou. Ele acrescentou que os chefes das For�as podem ser "substitu�dos a qualquer momento".

Sobre a demiss�o de Azevedo e Silva, que deixou o Minist�rio da Defesa na �ltima segunda-feira, 29, Mour�o disse que o general � um "amigo" e uma pessoa "sensata e esclarecida", mas ressaltou que Braga Netto dever� atender �s necessidades do novo cargo: "Braga Netto tem pleno conhecimento e capacidade para substituir o ministro Fernando (Azevedo)".

Azevedo foi demitido do cargo ap�s desgastes com Bolsonaro, que cobrava maior apoio das For�as Armadas �s suas posi��es. Braga Netto ent�o foi deslocado da Casa Civil e nomeado como novo ministro da Defesa.


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