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Estado de Minas POL�TICA

'Estou preparado. Lealdade � o que se espera da minha parte', diz Ricardo Nunes


04/05/2021 14:00

Conservador, leal, discreto e inexperiente. � assim que o vice-prefeito de S�o Paulo, Ricardo Nunes (MDB), agora no comando da cidade pelos pr�ximos 30 dias, costuma ser classificado por colegas da pol�tica. A decis�o do titular, Bruno Covas (PSDB), de se dedicar exclusivamente ao tratamento do c�ncer, pegou o ex-vereador de surpresa.

Assumir a gest�o da maior cidade da Am�rica Latina no atual momento da pandemia ser� n�o s� um desafio pessoal para Nunes, que se considera amigo de Covas, mas uma "prova de fogo" a ser enfrentada nos corredores do Edif�cio Matarazzo, sede da Prefeitura.

Isso porque, apesar de Nunes ter se destacado na coordena��o do grupo que realiza blitze para fechar festas clandestinas e compor o chamado Comit� Covid, ele n�o faz parte do "n�cleo duro" da administra��o tucana. Confira abaixo a entrevista de Nunes ao Estad�o.

O sr. assumiu a cidade em janeiro, durante outra licen�a do prefeito. Muda alguma coisa?

Nada, vou seguir o trabalho que est� sendo feito. Bruno � o prefeito. Estou aqui interinamente. Vice � eleito para isso: auxiliar o prefeito e substitu�-lo quando necess�rio. Estou muito tranquilo.

O sr. tem autonomia para a fun��o? Sente-se preparado?

Sim, me sinto preparado. Gerir uma cidade � saber do que ela precisa. Tenho essa sensibilidade e preparo. E n�o farei nada sozinho nesses 30 dias. Toda decis�o mais complexa que tiver de tomar ser� feita em comum acordo com a equipe e com o pr�prio Bruno. Ontem (anteontem), quando ele me avisou sobre a licen�a, disse que confia em mim. Essa frase me marcou, lealdade � o que se espera da minha parte. S� n�o vou incomod�-lo com quest�es do dia a dia, como uma greve numa garagem de �nibus da zona sul que marcou minha manh�, logo no primeiro dia.

Quais os desafios que enfrentar� nesse per�odo?

O maior desafio � manter e, de prefer�ncia, reduzir a ocupa��o de leitos de UTI e de enfermaria para tratamento de doentes de covid. Hoje, esses �ndices est�o em 79% e 60%, respectivamente. Bruno tem orientado sobre isso, nosso controle � di�rio, hora a hora. Nos pr�ximos dias devemos abrir mais leitos e inaugurar novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Nossa preocupa��o em n�o deixar a popula��o sem atendimento � enorme. Ent�o, isso estar� em meu radar o tempo todo.

O sr. pode alterar regras de distanciamento social na cidade ou ampliar a capacidade de atendimento presencial nas escolas?

Isso s� ser� feito se o Comit� Covid, do qual fa�o parte desde o in�cio do ano, assim indicar. E se o Bruno concordar. Em rela��o � educa��o, vou acompanhar de perto a entrega dos tablets aos alunos da rede. Conseguimos 28 mil at� agora (a promessa � 460 mil) e temos de acelerar esse processo, que atrasou n�o s� pela Prefeitura, mas tamb�m pelos questionamentos do Tribunal de Contas do Munic�pio (TCM). Nossos alunos precisam dos equipamentos e chips para poderem estudar em casa, j� que a escola s� recebe 35% da turma. Outra quest�o � a greve dos professores, que est� controlada.

De que forma pode ajudar, como ex-vereador, a fazer andar os projetos da Prefeitura na C�mara? Qual a prioridade?

Vamos fazer todo o esfor�o para conseguirmos aprovar ainda nesta semana o projeto de parcelamento de d�vidas em segunda vota��o. H� uma demanda muito forte por isso entre comerciantes e empres�rios. Abriremos a possibilidade de parcelamento em at� 120 vezes e com redu��o dos juros e multas. Vou me empenhar pessoalmente nisso.

Outra demanda crescente da sociedade civil diz respeito � revis�o do Plano Diretor. Mais de cem entidades defendem que a Prefeitura adie esse debate em fun��o da pandemia. Qual a sua posi��o?

Olha, fui vereador por oito anos e trabalhei muito na C�mara. N�o passei por l� sem deixar marcas. Atuei nas CPIs do Teatro Municipal, da Sonega��o Tribut�ria e da D�vida Ativa. Ajudei a recuperar mais de R$ 1,2 bilh�o para a cidade. E fiz isso sempre com participa��o da sociedade, com muita audi�ncia p�blica. E � o que vamos fazer agora com a revis�o do Plano Diretor. Ali�s, j� estamos fazendo isso com sucesso nas discuss�es do Plano de Metas, d� certo. O que podemos fazer para melhorar � ampliar o n�mero de encontros, sem problema. Mas o projeto de lei s� ser� encaminhado pela Prefeitura em novembro.

O sr. � considerado um pol�tico conservador. � como se define?

N�o, n�o me considero conservador. Sou um pol�tico de centro, sempre fui. Na campanha chegaram a me classificar como de extrema-direita, o que n�o � real. Quiseram me colocar essa pecha porque sou cat�lico atuante.

Ou porque o sr. foi contra, em vota��o na C�mara, a escolas debaterem a quest�o de g�nero.

Eu fui contra esse debate nas escolas municipais, que atendem crian�as de zero a 14 anos. Mas vamos deixar claro que n�o s� eu fui contra. O texto substitutivo que apresentei nesse sentido foi votado por todos quase na Casa, at� mesmo pela bancada do PT, que comandava a Prefeitura na �poca. Al�m disso, o prefeito Fernando Haddad n�o vetou esse trecho. Ent�o, essa imagem de conservador n�o confere. E, infelizmente, essa quest�o acabou por esconder os ganhos que tivemos para a educa��o com o plano que aprovamos, como o aumento de 31% para 33% o porcentual obrigat�rio de investimento.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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