No dia seguinte a mais uma fala do presidente Jair Bolsonaro sinalizando que a pandemia foi uma guerra biol�gica iniciada pela China, o ministro das Rela��es Exteriores, Carlos Alberto de Franco Fran�a, afirmou que as rela��es com todos os demais pa�ses do mundo seguem de forma positiva. "N�o h� hoje nenhum problema pol�tico que permeie ou atrapalhe a nossa produ��o da vacina aqui", afirmou nesta quinta-feira durante sess�o na Comiss�o de Rela��es Exteriores e Defesa Nacional do Senado.
O chanceler enfatizou que o Brasil tem tido grande contribui��o da China em rela��o ao ingrediente farmac�utico ativo (IFA) e que conversou com o embaixador da China no Pa�s mais cedo, relatando que o IFA previsto para ser entregue neste m�s de maio est� a caminho. "Temos trabalhado na dire��o de garantir a mat�ria-prima", disse aos parlamentares. "A China � muito importante para n�s, mas quero enfatizar que tamb�m somos para eles. E n�o h� porque deixar de sermos", acrescentou.
O ministro fez estas afirma��es ap�s o senador Veneziano Vital do R�go (MDB-PB) ter manifestado que a chegada de Fran�a ao Itamaraty criou um "novo ambiente" para as rela��es institucionais e que ele n�o atuou com "provoca��es" ao Parlamento, numa clara cr�tica ao antecessor no MRE, Ernesto Ara�jo. R�go questionou como ser� a atua��o do chanceler tendo em vista que o presidente Bolsonaro, e outros que o acompanham, fez ontem "outras declara��es infelizes" sobre um grande parceiro comercial e que deu alento ao Brasil no caso da vacina��o, se referindo � China. Ele tamb�m perguntou sobre a quest�o controversa do Pal�cio Planalto em rela��o ao meio ambiente.
Rede consular
O ministro das Rela��es Exteriores disse, ainda, que vai propor ao presidente Jair Bolsonaro que amplie a rede consular do Brasil na China, o maior parceiro comercial do Pa�s atualmente. "Temos uma rede consular na China subdimensionada, principalmente se comparada com o Jap�o", comparou. "Vou levar a proposta de abertura a Bolsonaro", continuou.
Na avalia��o do chanceler, o Brasil deveria ter uma rede mais dedicada ao com�rcio e ci�ncia e tecnologia na pot�ncia asi�tica, com um posto aberto no centro do pa�s. "Trata-se de um gigante da ci�ncia e tecnologia, e n�o apenas de um comprador de produtos prim�rios", apontou. Ele tamb�m comentou que a China tem uma rede consular extensa no Brasil e previu que a parceria entre os dois pa�ses ser� cada vez maior.
POL�TICA