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Estado de Minas POL�TICA

Guedes n�o responde a perguntas sobre or�amento secreto na CCJ


11/05/2021 14:22

O ministro da Economia, Paulo Guedes, passou quase quatro horas em audi�ncia na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara dos Deputados sem responder a perguntas dos parlamentares sobre o esquema montado pelo governo para conquistar apoio por meio de um or�amento secreto de R$ 3 bilh�es, revelado pelo Estad�o.

Nesta ter�a-feira, 11, Guedes foi questionado repetidas vezes por deputados de oposi��o, mas n�o tocou no tema diretamente. Provocado sobre o assunto, Guedes retrucou com ironias, dizendo que "grandes neg�cios nas estatais e esc�ndalos" eram especialidade de governos anteriores. "Neg�cios e esc�ndalos em estatais n�o s�o especialidade deste governo, mas de outros. Parece que isso n�o nos atingiu ainda, vamos ver", afirmou.

Mais cedo, Guedes chegou a declarar que a mistura entre pol�tica e economia est� no cerne dos grandes esc�ndalos de corrup��o da hist�ria brasileira. "Quanto mais influ�ncia pol�tica o equipamento econ�mico tiver, maior o desafio da corrup��o. N�o pode quem controla o poder pol�tico tamb�m controlar o poder econ�mico. Essa degenera��o das pr�ticas vem da mistura de pol�tica com economia", avaliou.

Sob protestos da oposi��o, a presidente da comiss�o, deputada Bia Kicis (PSL-DF) encerrou a audi�ncia pouco antes das 14h, mesmo sem parlamentares inscritos terem conseguido fazer perguntas para o ministro.

"� o ministro da morte, est� com medo de ouvir os congressistas", reclamou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). "N�o concedi a palavra a mais ningu�m, pe�o respeito e encerro os trabalhos", respondeu a deputada.

"Tratora�o"

O ministro foi confrontado por parlamentares da oposi��o sobre o "or�amento secreto" revelado pelo Estad�o. No ano passado, o governo destinou R$ 3 bilh�es em emendas para parlamentares do Centr�o que, ao contr�rio do permite a lei, puderam escolher onde os recursos de emendas de relator (RP9) seriam aplicados, inclusive na compra de tratores superfaturados. O caso foi apelidado de "tratora�o" nas redes sociais depois de a reportagem mostrar que parte do dinheiro foi usado para comprar equipamentos agr�colas com pre�o acima dos de mercado.

"Isso � crime de responsabilidade, � prevarica��o, desvio de finalidade e improbidade administrativa. Quero saber por que vossa excel�ncia n�o vetou esse arranjo de corrup��o, que � a compra de votos que est� sendo feita a�", questionou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

"N�o adianta oferecer trator, cargos, regalias. N�o vamos permitir que uma PEC inconstitucional (da reforma administrativa) avance", acrescentou o deputado Zeca Dirceu (PT-PR).

Picanha a R$ 1.799

"O senhor vem falar que servidor p�blico tem 20 carros. Eu desconhe�o. Mas conhe�o presidente que come picanha de R$ 1.799 o quilo, conhe�o presidente que tira f�rias de R$ 2 milh�es, e conhe�o um or�amento que o senhor aprovou de R$ 3 bilh�es para comprar parlamentar com trator superfaturado", comparou a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS).


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