O diretor-presidente da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou nesta ter�a-feira, 11, em depoimento � CPI da Covid no Senado, que nunca tratou da aprova��o � vacina da Pfizer com o ex-secret�rio Fabio Wajngarten, que comandou a pasta da Comunica��o e deve depor � comiss�o nesta semana. Em entrevista � revista Veja, Wajngarten disse que partiram de assessores do ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello acusa��es de que o ex-secret�rio teria interesses pessoais na contrata��o da vacina.
"Os contatos foram muito r�pidos com ele Wajngarten, n�o tratamos de nenhum assunto da minha �rea. O ex-ministro Mandetta esteve na ag�ncia em duas ou tr�s oportunidades. Com o ministro Teich foi muito breve, n�o chegou a acontecer. E com o ministro Pazuello chegou a acontecer, mas n�o houve reuni�o de trabalho com presen�a de outras pessoas", destacou. Barra Torres tamb�m descartou a realiza��o de reuni�es com a presen�a de filhos do presidente.
Durante entrevista nesta tarde ao colegiado, Barra Torres tamb�m disse discordar das m�ximas usadas pelo presidente Jair Bolsonaro como a de que "um manda e outro obedece" e sobre a "imunidade de rebanho" por meio da contamina��o. "Qualquer a��o de ci�ncia � pautada pela ci�ncia. A hierarquia � uma outra quest�o que n�o tem nada a ver com isso", disse. Mais cedo, Barra Torres disse se arrepender de ter aparecido ao lado do presidente sem m�scara.
Vacina brasileiras
Barra Torres afirmou que ambos os desenvolvedores nacionais de vacinas, a serem produzidas integralmente em solo brasileiro, t�m pend�ncias com o �rg�o regulador.
"Os dois protocolos neste momento est�o com discrep�ncia a serem atendidas pelos desenvolvedores. Tanto o Butantan, quanto o desenvolvedor da Versamune", afirmou durante depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid no Senado. "Isto � normal dentro do processo", disse sobre as discrep�ncias.
"Todas as outras cinco aprovadas foram assim tamb�m: tem uma d�vida, manda documento, saneou e prossegue", afirmou Barra Torres. Conforme ressaltou, a ag�ncia regulat�ria nunca havia desenvolvido o protocolo para aprova��o de uso emergencial. "Fizemos dois protocolos de uso emergencial para Coronavac e Astrazeneca em 9 dias", destacou.
POL�TICA