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Estado de Minas POL�TICA

Relator da CPI, Calheiros pede pris�o de Wajngarten; presidente da comiss�o nega


12/05/2021 22:03

Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu a pris�o do ex-secret�rio de Comunica��o da Presid�ncia F�bio Wajngarten, que dep�s nesta quarta-feira, 12, na comiss�o, em uma sess�o tensa e marcada por bate-boca, �nimos acirrados e confus�o.

Wajngarten se esquivou de responder aos questionamentos dos senadores e apresentou contradi��es com o que disse em entrevista � revista Veja no final de abril. "Com mais de 10 inqu�ritos no STF, Renan tem moral para querer prender algu�m?", questionou Bolsonaro nas redes sociais.

Renan pediu a pris�o do ex-chefe da Secom ap�s Wajngarten negar que autorizou a veicula��o da campanha "O Brasil N�o Pode Parar". Renan, ent�o, mostrou as postagens oficiais feitas pelo governo. "O espet�culo de mentira � algo que n�o vai se repetir e n�o pode servir de precedente", disse Renan.

No entanto, ap�s o pedido de pris�o, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), disse que, no que depender dele, Wajngarten n�o sairia preso ao fim da sess�o. "Eu n�o vou ser carcereiro de ningu�m." Aziz afirmou que n�o quer que a CPI seja um tribunal que "ouve e condena". Para ele, � poss�vel fazer o pedido de pris�o de Wajngarten posteriormente.

Em mar�o do ano passado, o governo federal lan�ou a campanha publicit�ria chamada "O Brasil n�o pode parar" para defender a flexibiliza��o do isolamento social. No Instagram, uma publica��o feita no perfil do governo federal dizia que "no mundo todo, s�o raros os casos de v�timas fatais do coronav�rus entre jovens e adultos". A campanha dava a senha para a defesa do fim da quarentena. "A quase totalidade dos �bitos se deu com idosos. Portanto, � preciso proteger estas pessoas e todos os integrantes dos grupos de risco, com todo cuidado, carinho e respeito. Para estes, o isolamento. Para todos os demais, distanciamento, aten��o redobrada e muita responsabilidade. Vamos, com cuidado e consci�ncia, voltar � normalidade". Ap�s repercuss�o negativa e at� a��es judiciais, o governo apagou as publica��es.

Ao final da sess�o, Omar Aziz repreendeu e fez v�rias cr�ticas ao comportamento de Wajngarten na CPI.

"A pris�o seria o menor castigo que voc� vai sofrer na vida porque hoje, aqui, voc� n�o ficou bem com ningu�m. Voc� entregou um documento que ningu�m de n�s t�nhamos conhecimento (comprovando neglig�ncia do governo com aquisi��o das vacinas da Pfizer). Voc� desagradou ao governo, n�o agradou a ningu�m, a ningu�m voc� agradou aqui. Voc� vai sofrer", afirmou o senador do Amazonas.

Omar disse que Wajngarten vai sofrer as consequ�ncias pelo modo como se comportou, mesmo que n�o venha a ser preso. Interlocutores do ex-secret�rio j� d�o como certo que ele ser� indiciado por falso testemunho ao final dos trabalhos da comiss�o.

"Isso eu lhe digo porque, pela experi�ncia que eu tenho de vida, posso lhe dar um conselho, voc� � uma pessoa mais nova do que eu. A vida machuca a gente. Pris�o n�o seria nada mais terr�vel do que voc� perder a credibilidade, perder a confian�a e perder principalmente o legado que construiu at� agora. Por isso lhe aconselho: quando Vossa Excel�ncia for ser chamada para falar sobre o que aconteceu aqui hoje, procure falar a verdade. Eu sei que as coisas n�o v�o parar aqui. A CPI tem desdobramentos e os desdobramentos �s vezes demoram anos para sair da vida da gente. � muito f�cil a gente fazer uma acusa��o um dia e voc� passa a vida toda se defendendo dessa acusa��o. Isso aconteceu com muitos de n�s aqui. Acusa��o � a coisa mais f�cil, jogar uma pedra � a coisa mais f�cil", afirmou o senador do PSD.

O presidente da CPI aproveitou a fala para criticar tamb�m o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, que dep�s na comiss�o na semana passada e evitou se posicionar sobre a defesa da cloroquina por parte do presidente Jair Bolsonaro.

"Ouvi o atual ministro, que vai voltar aqui porque mentiu muito, mentiu demais, mentiu at� mais do que voc� (Wajngarten) . Ele vai voltar e vai ter que dizer como que ele diz que nunca � tarde (para adquirir vacinas da Pfizer), depois de 425 mil mortes, o ministro da Sa�de diz que nunca � tarde. N�o � tarde para voc� ministro, que n�o perdeu nenhum familiar, n�o � tarde para voc� ministro, que n�o perdeu amigos, n�o � tarde para voc� ministro, que n�o ficou �rf�o. � tarde para quem ficou �rf�o, para quem perdeu pessoas queridas, familiares, perdeu amigos. � tarde sim ministro, n�s poder�amos ter resolvido muito antes", disse o senador.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE WAJNGARTEN

Em nota, o advogado Daniel Bialski, que representa o ex-secret�rio de comunica��o, disse que Wajngarten respondeu a todos os questionamentos da comiss�o, "sem esconder ou omitir informa��es". "Jamais faltou com a verdade! E nem teve a inten��o de faz�-lo", afirma a defesa.

O texto diz ainda que Wajngarten n�o teve a oportunidade de explicar integralmente trechos da entrevista concedida � revista Veja, mas que o pr�prio senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, reconheceu que o ex-secret�rio n�o criticou diretamente o ex-ministro Eduardo Pazuello, mas a equipe do Minist�rio da Sa�de.

"Fabio Wajngarten reafirmou que a incompet�ncia se referia a morosidade da equipe do Minist�rio da Sa�de, mas n�o ao ministro", diz a nota. "O depoente continua � disposi��o da Comiss�o e reitera que seu �nico objetivo foi o de acelerar a compra de vacinas que minimizem a crise sanit�ria no Pa�s."


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