Em depoimento � CPI da Covid no Senado, o ex-ministro Eduardo Pazuello voltou a dizer que suas decis�es enquanto estava como titular da Sa�de eram compartilhadas entre o Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Sa�de (Conasems). "Quando falo em decis�es como ministro, falo em decis�es combinadas em tripartite, n�o tomo decis�o sozinho no minist�rio enquanto estive l�", afirmou o ex-ministro, que tamb�m repetiu a declara��o de que teve "liberdade" para tomar decis�es.
Pazuello ent�o foi questionado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA) qual era sua fun��o exatamente, j� que se eximiu de responsabilidade em v�rias situa��es que ocorreram durante a gest�o, como a crise em Manaus e o desenvolvimento do aplicativo TrateCov, que recomendava o uso de antibi�ticos, cloroquina, ivermectina e outros f�rmacos no tratamento da covid.
"Uma coisa � responsabilidade pela compra, fornecimento, acompanhamento do oxig�nio. N�o � do Minist�rio da Sa�de, � do Estado e da empresa fornecedora", respondeu Pazuello, que tamb�m voltou a dizer que o TrateCov foi uma sugest�o da secret�ria de Gest�o do Trabalho e da Educa��o na Sa�de (SGTES), Mayra Pinheiro, conhecida como 'capit� cloroquina'. "Proposta foi da minha secret�ria e eu autorizei", disse.
O ex-ministro tamb�m voltou a dizer que n�o poderia, como titular da Sa�de, tratar diretamente com empresas sobre a negocia��o de compras de vacinas e insumos. "Deixo bem reservada a diferen�a entre receber pessoalmente e at� pressionar fornecedor para ser r�pido, esse tipo coisa � poss�vel e foi feita, mas a discuss�o pr�tica da compra deve estar restrita ao escal�o administrativo", afirmou.
"Cobrar � todo dia, mas nunca entrar na bola de discutir a compra direta e cl�usulas, porque quem vai tomar decis�o final � eu, ent�o seu eu entrar na frente, '� para fazer, aceita o pre�o, � essa a empresa', estaria sentado aqui por outros motivos, sendo acusado de corrup��o", concluiu o ex-ministro.
Pazuello ainda afirmou que, como depoente � CPI, suas posi��es s�o "muito pessoais" e que, portanto, n�o far� "ju�zo de valor de terceiros". "Eu n�o faria aqui acusa��es a ningu�m, n�o farei aqui ju�zo de valor de terceiros, responderei apenas meus fatos e verdades que vivi de forma clara e direta. N�s temos capacidade e preparo para enfrentar desafios. Com ou sem grupo de combate conosco, se estiver sozinho enfrentarei sozinho, se estiver acompanhado, enfrentarei acompanhado. Na realidade � muito mais confort�vel quando estamos em grupo, mas n�o quer dizer que n�o temos condi��o de enfrentar desafios desacompanhados", disse.
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