
"A pasta busca por outro nome com perfil profissional semelhante: t�cnico e baseado em evid�ncias cient�ficas", disse a pasta em nota.
O decreto que criou a secretaria foi publicado no dia 10 de maio. Dois dias depois, em evento em Bras�lia, o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, anunciou a m�dica como a chefe do �rg�o.
O governo foi criticado por montar uma secretaria espec�fica para combater a COVID-19 na estrutura do minist�rio somente 15 meses ap�s o primeiro caso da doen�a no Brasil.
Segundo publicou a Revista Veja, Luana Ara�jo n�o aceitou determina��es impostas pelo Pal�cio do Planalto e abriu m�o de aceitar o cargo.
Em depoimento � CPI da COVID, Queiroga afirmou que tem total autonomia para liderar o minist�rio e n�o recebe press�es do presidente Jair Bolsonaro.
Ap�s a confirma��o do recuo da m�dica, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente da CPI, solicitou a convoca��o de Luana "para que seja poss�vel esclarecer as raz�es que a levaram a pedir exonera��o do cargo de secret�ria de enfrentamento � COVID no Minist�rio da Sa�de ap�s apenas uma semana de trabalho".
Como mostrou o Estad�o, Luana Ara�jo � defensora da vacina��o em massa, j� declarou ser favor�vel a medidas restritivas e contra o "kit covid", mesmo para pacientes com sintomas leves. Ela j� afirmou tamb�m que "todos os estudos s�rios" demonstram a inefic�cia da cloroquina e que a ivermectina � "fruto da arrog�ncia brasileira" e "mal funciona para piolho".
Durante uma live com o vereador Rafael Pacheco (Podemos), de Adamantina, interior de S�o Paulo, sua cidade de origem, ela tamb�m criticou o uso de hidroxicloroquina contra a COVID-19.
"A hidroxicloroquina a gente j� sabia que n�o ia funcionar. E todos os estudos s�rios, bem feitos, multic�ntricos - quer dizer, feitos ao redor do mundo ao mesmo tempo -, cheio de recursos mostram que n�o funcionou. E ponto", disse Luana na live. "A ivermectina � fruto da arrog�ncia brasileira. O brasileiro n�o investe em ci�ncia, mas acha que tem a chave para resolver as coisas."
O uso desses rem�dios foi defendido diversas vezes por Bolsonaro, pessoas do governo e aliados pol�ticos desde o in�cio da pandemia. O presidente tamb�m acumula cr�ticas da comunidade cient�fica por ser flagrado em aglomera��es sem m�scara, questionar a efic�cia do isolamento social e dar declara��es confusas sobre vacina��o.